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Amiga cria 'vaquinha' por treino de atleta olímpica

MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO

Em 2003, Élora Pattaro foi vice-campeã mundial cadete aos 17 anos. Chegou aos Jogos de Atenas. Caiu na estreia em 2004. Quer voltar em 2016.

Para treinar em alto nível na esgrima, porém, precisa sair do país. Aos 27, tem apoio da Petrobras e bolsa-atleta (R$ 925 mensais). Não tem clube, patrocínio ou salário.

Ao saber da dificuldade da amiga, Melissa Harkin, dona de uma empresa de tradução para a qual a esgrimista presta serviços, decidiu criar um "crowdfunding", espécie de financiamento coletivo.

"É estranho sair pedindo dinheiro às pessoas que conheço. Mas ela me convenceu", diz Élora à Folha. "Meu argumento foi que a 'vaquinha' é uma maneira de os amigos participarem da jornada dela", explica Melissa.

No dia 13, foi criada a página na internet (tinyurl.com/cd7x6kd) para a "vaquinha". O valor a ser arrecadado até 20 de abril é R$ 5.000. O objetivo é ajudar Élora a treinar por um mês em Nova York, antes do Pan-Americano, em junho, na Colômbia.

"A esgrima no Brasil é pequena, e a grande dificuldade é encontrar bons adversários para evoluir. E minhas rivais já treinam no exterior. Preciso sair também", diz.

Até ontem à noite, a "vaquinha" arrecadara R$ 1.870.


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