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O melhor seria doar brinquedos que não usamos

MARCELO COELHO COLUNISTA DA FOLHA

Minha mãe nasceu em 1919. Quando ela era criança, não se falava muito em Papai Noel. Para os pais dela, quem trazia os presentes era o Menino Jesus.

Ela contava também que o mais importante não era a árvore de Natal. Era o presépio. O bonito era montar as casinhas, colocar São José e Nossa Senhora rezando em volta do bercinho de palha de Jesus, e assim por diante.

Meu pai nasceu antes ainda, em 1915. Ele contava que, numa época, fizeram campanha para trocar o Papai Noel pelo "Vovô Índio". Seria um velhinho mais brasileiro... Já pensou? Um senhor de tanga entregando os presentes para as crianças?

Meu pai e minha mãe concordavam numa coisa. Natal não devia ter ser tão consumista, com essa mania de compras e toda a presentalhada que as crianças ficam pedindo. E devia ter menos anúncio de brinquedo (já existia isso na minha época).

Claro que eu não concordava. Eu queria presentes, e quanto mais, melhor. Tinha pena dos adultos, que ganhavam menos coisas do que eu.

Só que havia brinquedos que eu ganhava e acabava não ligando muito, ou quebravam logo. Hoje em dia, eu acho que os brinquedos quebram mais rápido ainda.

Vai tudo para o lixo? O melhor seria dar os presentes que sobram, ou que você não usa tanto, para crianças pobres. Elas até gostariam se fossem chamadas de "consumistas". E, desse jeito, o "espírito do Natal" poderia funcionar para todo mundo.


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