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Festival reforça vínculos entre países árabes e América do Sul

Até o dia 31, exposições, debates, oficinas e recitais acontecem em São Paulo e outras 12 cidades

Evento marca dez anos da Bibliaspa, rede de pesquisadores que promove o intercâmbio cultural entre as regiões

TRAJANO PONTES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A ocupação de uma praça pública pela literatura, em defesa de um plano municipal do livro e da leitura; exposições sobre a viagem do primeiro árabe muçulmano ao Brasil e a presença árabe nos países latinos.

Até o dia 31, essas serão algumas das atividades do Quarto Festival Sul-Americano de Cultura Árabe (Saca).

O evento é promovido pela Bibliaspa (Biblioteca/Centro de Pesquisa América do Sul - Países Árabes), rede de pesquisadores e artistas de 25 países da América do Sul e do mundo árabe, formada há dez anos, e que promove "o encontro direto entre essas culturas, sem triangulação por meio de outros países", explica o diretor Paulo Farah.

Para ele, o festival promove uma reflexão crítica, de desconstrução de estereótipos, mas sem perder a preocupação acadêmica.

"Queremos mostrar vínculos muitas vezes desconhecidos ou esquecidos. E desconstruir a imagem de que essa seria uma região do mundo que não valoriza a cultura, a música, a literatura", defende.

Uma das bandeiras da Bibliaspa, diz ele, é a defesa da bibliodiversidade, isto é, a necessidade de que escolas e bibliotecas tenham livros que reflitam mistura de raças e culturas no Brasil.

A bandeira será empunhada no "Quarteirão Literário", récita de autores árabes e sul-americanos que acontece hoje e tem a participação de instituições que defendem a instituição de um plano municipal de incentivo à literatura.

"A nova gestão [do prefeito Haddad] mostrou-se aberta a essa questão. Houve sinalização muito positiva", diz Farah, também professor de literatura e história árabes na USP.

Na sede da Bibliaspa, uma exposição ilustra o primeiro relato de um árabe muçulmano sobre o Brasil, entre 1865 e 1868. "O material é diferente pelo olhar de profundo respeito às populações indígenas e de inclusão das comunidades muçulmanas escravizadas", explica Farah, autor de livro que reúne sua pesquisa sobre o manuscrito.


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