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Superprodução da HBO, "Game of Thrones" estreia nova temporada com disputa ainda mais acirrada entre os clãs pelo poder

GABRIELA MANZINI ENVIADA ESPECIAL A BELFAST

Fantasia, clãs digladiando por um trono, batalhas sangrentas, sexo, jogos de poder e cifras gigantescas.

São muitos os elementos que fazem da série "Game of Thrones", trama medieval de ação e fantasia baseada na obra do escritor americano George R. R. Martin, 64, um épico. A terceira temporada tem estreia hoje no canal HBO, às 22h.

Agora, quando as disputas entre os clãs caminha para se tornar ainda mais acirrada e as alianças pelo poder mais surpreendentes, é possível que os fãs puristas dos livros-base do enredo sintam mais fortemente as mudanças na adaptação para a TV.

É que os episódios da nova temporada não foram escritos para corresponder à totalidade do terceiro título, "A Tormenta das Espadas", como os anteriores.

"O livro conta com ótimas cenas, personagens e mundos novos. Tivemos de dividi-lo", explicou o roteirista Bryan Cogman à Folha. "No começo, pensávamos que seria um livro por temporada, mas percebemos que são mídias diferentes e que isso precisava de adequação."

"Estamos pensando na história como um todo", pondera. Sobre o grau de dificuldade no desmembramento da trama, Cogman diz que foi um dos maiores desafios que tiveram até o momento.

"Tão grande que os episódios acabaram espichados de 52 para 57 minutos", um tempo considerável em televisão.

LIVROS E DOWNLOADS

Em todo o mundo, já foram vendidas mais de 20 milhões de cópias dos cinco volumes da obra de Martin, "As Crônicas de Gelo e Fogo". No Brasil, lançado pela editora Leya, foram 1,5 milhão.

A segunda temporada da série é considerado o programa de TV mais pirateado da história, com 25 milhões de downloads. Como se vê, livro e série caminham juntos ao menos nos números.

Eles também servem de parâmetro para a pressão sobre George R. R. Martin para que conclua os dois volumes que faltam da série.

"Eles [fãs] mandam e-mails me perguntando quando vou acabar. Se escrever no meu blog que vi um jogo de futebol, me criticam. Não querem que eu faça nada além de escrever", contou ele em entrevista recente ao jornal britânico "Telegraph".

"Mas, para o azar deles, eu sou bem lento", emendou o autor que atualmente trabalha no sexto volume da saga.

Martin levou seis anos para escrever o quinto livro, publicado em 2011.

CABEÇAS E DRAGÕES

Dentre os vários superlativos de "Game of Thrones", chama atenção o investimento financeiro.

Estimativas dão conta de que a primeira temporada, exibida em 2011, custou ao canal HBO em torno de US$ 60 milhões (R$ 121,2 milhões).

No Emmy, o mais disputado prêmio de TV do mundo, a série levou, entre outros, os prêmios de direção de arte, figurino, maquiagem e efeitos visuais -os carros-chefe na criação do "mundo secundário" imaginado por Martin (leia análise abaixo).

O cenário dos aposentos do rei Joffrey (Jack Gleeson), por exemplo, tem 25 metros de altura. Na sala do trono, são quilômetros de piso de madeira tingida para parecer mármore.

Quando a Folha visitou o set de filmagens, uma caixa plástica vedada guardava um dos atrativos da série até aqui: o protótipo de um dos pequenos dragões criados por Daenerys Targaryen, personagem interpretada pela atriz Emilia Clarke.

Por outro lado, no setor de protótipos de animais e corpos mutilados, jogado num cantinho e já meio empoeirada, estava a cabeça de Ned Stark (Sean Bean), estrela da primeira temporada.

Em "Game of Thrones", esse é o destino que todo personagem corre o risco de enfrentar na próxima cena.


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