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Crítica

"Pulp Fiction" convence pela força de sua "mise-en-scène"

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

Se o cinema clássico erigiu-se sobre a suspensão da descrença (o espectador deve acreditar no que vê), o de Quentin Tarantino desenvolve uma vertente oposta, bem contemporânea: trata-se de suspender a crença, já que ninguém crê em mais nenhuma ficção.

Eis o princípio de "Pulp Fiction" (TC Action, 22h).

Desde o diálogo logo no início, em que os dois matadores (John Travolta e Samuel L. Jackson) vão fazer seu trabalho falando de hambúrguer e assemelhados.

É como que um desafio a todo passado de filme de gângsters: eles se comportam como perfeitos burocratas.

Está dado o tom: não é a crença, filha da convenção, que nos deve convencer, mas a força da "mise-en-scène", a encenação.

Essa força, Quentin tem de sobra.


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