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Brasileiro se destaca em óperas do mundo

Aos 31 anos, Thiago Arancam tem agenda de eventos acompanhado por orquestras internacionais até 2015

Virada na carreira do paulista radicado em Mônaco aconteceu em 2008, em concurso de Plácido Domingo

IRINEU FRANCO PERPETUO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se resolverem abrir a Copa de 2014 com uma versão brasileira do concerto dos Três Tenores, será difícil não chamar Thiago Arancam para ser um deles.

Aos 31 anos, o paulista radicado em Mônaco tem cantado como protagonista em algumas das principais casas de ópera do mundo.

Para falar só das coisas mais recentes, no mês passado ele interpretou Don José na ópera "Carmen", de Bizet, na Staatsoper de Munique.

No último dia 2, estreou na Semperoper, de Dresden, na Alemanha, como Des Grieux, na "Manon Lescaut", de Puccini, sob regência do badalado maestro germânico Christian Thielemann, que o aprovou depois de uma audição feita em 2010.

"A orquestra aqui é de virtuoses, e responde de modo incrível ao gesto do maestro", disse o tenor, por Skype, à Folha, se referindo à Staatskapelle Dresden, tida como uma das melhores orquestras da Alemanha.

Segundo ele, os ensaios que fez acompanhado pelo grupo "pareciam um disco".

QUESTÃO DE AGENDA

A agenda futura de Arancam inclui uma "Carmen" no Teatro Colón, em Buenos Aires, com estreia em 16 de abril; uma produção da mesma ópera em Los Angeles com Plácido Domingo; uma aparição em Baden-Baden, em 2014, em "Manon Lescaut", com regência de Sir Simon Rattle, o maestro titular da Filarmônica de Berlim e uma "Cavalleria Rusticana", de Mascagni, em Salzburgo, novamente com Thielemann, no Festival de Páscoa de 2015.

A trajetória do cantor começou com ele cantando "Parabéns a você" para entrar no coral do Liceu Coração de Jesus, em São Paulo, aos seis anos de idade.

O ponto de virada na carreira de Arancam foi a edição de 2008 do Operalia, concurso de canto promovido pelo tenor Plácido Domingo, em que ele ganhou o prêmio do público e foi segundo na categoria ópera.

Pelos êxitos e o timbre de tenor lírico "spinto" (ou seja, voltado a papéis mais dramáticos) e pelos papéis que dele decorrem, Arancam ecoa a carreira de seu mestre e mentor, o tenor paulistano Benito Maresca (1934-2011).

"A voz a gente não inventa, ela vem conosco. É como a estatura", compara o tenor, cujos papéis mais vistosos são o Don José de "Carmen", e Cavaradossi, da ópera "Tosca". Esta, a última que ele cantou no Brasil, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 2011.

"Eu não gosto de personagens passivos, sou muito mais expansivo e explosivo", explica o tenor, citando ainda afinidades com "leões" como Turiddù, da peça lírica "Cavalleria Rusticana", de Mascagni.


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