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Mezzo-soprano búlgara abre hoje temporada 2013 do Mozarteum

Com 43 papéis no repertório, Vesselina Kasarova apresenta composições de Mozart e Rossini

Pianista chinesa em ascensão Xiayin Wang e violista chileno Roberto Díaz também vêm para São Paulo neste mês

IRINEU FRANCO PERPETUO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma das mezzo-sopranos mais versáteis de sua geração, a búlgara Vesselina Kasarova, 47, abre hoje, na Sala São Paulo, a temporada 2013 do Mozarteum Brasileiro.

Embora possua no repertório nada menos do que 43 papéis, incluindo Eboli, do "Don Carlos", de Verdi, e Venus, do "Tannhäuser", de Wagner, ela canta por aqui os compositores aos quais é mais habitualmente associada: Mozart e Rossini.

"Cantar Mozart me trouxe muita coisa", afirma Kasarova (pronuncia-se "catsárova"), por telefone, de Viena, onde estava cantando a parte de Rosina no "Barbeiro de Sevilha", de Rossini.

"Mozart faz com que você busque jeitos de colorir a linha vocal, e esse canto dúctil e cultivado eu levei para Bellini, Verdi e a música francesa", diz a mezzo-soprano, que será acompanhada pela Camerata Bern, da Suíça, sob a direção do violinista Florian Donderer.

Já Rossini é uma questão de agilidade e prática permanente. "Minha voz nunca foi pequena, mas sempre teve agilidade. Agora, é como um esportista: você tem que treinar o tempo todo", diz.

Para conseguir conciliar hoje as pesadas partes verdianas e wagnerianas com a escrita florida e ligeira de Mozart e Rossini, Kasarova, que tem uma vasta discografia no selo RCA, fez ao longo da carreira escolhas bem prudentes de repertório.

"Nunca forcei nada, sempre fui cuidadosa, e disse não quando achava que ainda não era a hora de cantar um determinado papel", conta. "Conforme a gente envelhece, a voz fica naturalmente mais robusta, e daí dá para cantar os papéis mais pesados."

A questão é saber esperar o momento certo para encarar esses papéis: "Regentes e administradores teatrais fazem muita pressão, os jovens sucumbem, e acabam fazendo escolhas prematuras, que arruínam a voz".

AGENDA

Neste mês, o Mozarteum traz mais duas atrações a São Paulo. Nos dias 13 e 14, é a vez da Sinfônica Nacional da Lituânia, regida por Vladimir Lande, e tendo como solista a chinesa Xiayin Wang, nome em ascensão no cenário internacional do piano.

No final do mês, o violista chileno Roberto Díaz lidera, nos dias 29 e 30, o Quarteto Curtis on Tour, formado por alunos de professores de um dos mais célebres conservatórios do planeta, o Instituto Curtis, de Filadélfia (EUA), presidido por Díaz.

Até o fim do ano, a temporada inclui ainda outras cinco atrações, com destaque para o ambicioso projeto da Deutsche Kammerphilharmonie, de Bremen, que, na primeira semana de agosto, faz quatro apresentações no Teatro Municipal, sob regência de Paavo Järvi, apresentando o ciclo integral das nove sinfonias de Beethoven.

Na oportunidade, a orquestra acompanha ainda Hilary Hahn, norte-americana de técnica imaculada, no concerto para violino de Vieuxtemps.

Outros nomes são o Menuhin Trio (junho), a soprano Ania Vegry (setembro), a Sinfônica da NDR, de Hamburgo (setembro, incluindo apresentação ao ar livre no parque Ibirapuera) e a Sinfônica de Bucareste (novembro).


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