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Crítica

Em "Abutres", Pablo Trapero se torna um tanto convencional

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

Aos poucos, o argentino Pablo Trapero vai se integrando ao sistema do cinema internacional. Daí "Abutres" (TC Cult, 22h) ser, antes de tudo, um "filme de tema" cuja produção envolve, só de continentes, uns três. Não é de espantar, portanto, que o ator principal seja uma estrela, Ricardo Darín.

Nada de errado: Darín é bom ator e bom para o papel, além de garantia de venda. Ele faz o advogado picareta, um desses que se lança sobre a família das vítimas de acidentes automobilísticos cheios de segundas intenções. Eis o registro do "filme social", com seus 50 tons de cinza.

Por fim, não faltará um tanto de romance. Garante-se o negócio por todos os lados, mas o Trapero inquieto de alguns filmes atrás torna-se um tanto convencional.


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