Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Adulta em papel de adolescente, Carol Futuro se preparou com uma bipolar

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Carol Futuro, 33, já interpretou muitos adolescentes nos últimos quatro anos em que trabalhou no projeto

"Teatro Jovem", criado em 1996 pelo diretor Tadeu Aguiar e pelo produtor Eduardo Bakr. Isso facilitou na hora de viver Natalie em "Quase Normal", também dirigida e produzida por eles.

"Minha mãe diz que eu nunca larguei a adolescência. As minhas birras, as minhas manias, são todas de adolescente. Meu marido concorda com ela plenamente", brinca a atriz durante entrevista em um hotel em São Paulo.

Carol conta que a personagem Natalie é uma adolescente que amadureceu precocemente quando se viu sem o apoio da mãe bipolar [Diana, interpretada pela atriz Vanessa Gerbelli Ceroni].

"Ela foi criada sobrevivendo aos vários baques que a mãe teve, às várias quedas e crises. Às vezes, tem essa facilidade de eu ser uma pessoa mais velha fazendo essa personagem, porque ela tem uma maturidade, um amargo da vida que uma adolescente acha que tem porque tudo é muito difícil."

Com o papel de Natalie em mãos, a atriz recebeu a consultoria do psiquiatra Fábio Barbirato e foi em busca de experiências reais para entender a bipolaridade. Ela não precisou ir muito longe.

"A preparadora vocal da peça, Mirna, é bipolar, medicada, e, como aluna, eu convivi com sua bipolaridade. Um mês a gente estava tendo uma aula maravilhosa e, no mês seguinte, ela estava enlouquecida, dando aula em alta velocidade."

Mirna Rubim, 51, foi diagnosticada com transtorno bipolar em 2004, entrou em tratamento, mas achou que estava bem e desistiu de tomar os remédios. Durante os ensaios da peça, ela viu os sintomas da doença voltarem, sobretudo a euforia.

"Eu fui a um shopping e em dois finais de semana gastei R$ 5.000. Você não consegue se controlar, é desesperador", conta Mirna.

"O musical me ajudou a tomar mais consciência da minha doença." Ela retomou o tratamento.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página