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Série revê passado de Hannibal Lecter

Produção que estreia na terça no AXN foca na relação do canibal com o ex-detetive de homicídios Will Graham

Estreia é acompanhada pelo lançamento de um aplicativo do canal que revela ao espectador detalhes do seriado

FERNANDA REIS DE SÃO PAULO

A julgar pelas séries que têm dominado a televisão americana, o que o público quer, hoje, é mais sangue, mais violência, mais escuridão e mais personagens problemáticos e atormentados.

No início do ano, veio "The Following", produção protagonizada por Kevin Bacon que conta a história de como --anos após um professor matar 14 de suas alunas-- uma rede de discípulos do assassino retoma a matança.

Depois, foi a vez de "Bates Motel". Espécie de prólogo de "Psicose", de Alfred Hitchcock, a série que estreou em maio pelo A&E conta a história da relação doentia entre Norman Bates e sua mãe.

Nessa terça, Hannibal Lecter, canibal imortalizado por Anthony Hopkins em "O Silêncio dos Inocentes", se junta ao panteão de psicopatas presentes na televisão na série "Hannibal", exibida no Brasil pelo canal AXN.

A produção, que se passa num período anterior ao filme, tem como foco, na verdade, Will Graham (Hugh Dancy), ex-detetive de homicídios que agora dá aulas sobre investigação criminal.

Will possui uma habilidade rara: a de entender o que os psicopatas pensam e de se identificar com eles. Assim, consegue desvendar crimes rapidamente. Sua imaginação também é acima da média. Logo na primeira cena da série, ele expõe a seus alunos o caso de um casal assassinado brutalmente.

Ao relatar o crime para os estudantes, Will se vê na posição do matador: imagina-se com a arma na mão, imagina-se apertando o gatilho, imagina-se coberto de sangue e imagina, sobretudo, o que o levou a dar cada passo.

Essa habilidade de enxergar um crime pelos olhos do assassino faz com que Will -- que tem uma leve forma de autismo-- se envolva demais em seus casos e sofra com isso. Sua instabilidade emocional acaba, por fim, custando-lhe o cargo no FBI.

Ao se deparar, contudo, com um caso que só Will poderia resolver, o chefe da unidade de ciência comportamental do FBI (Laurence Fishburne) o chama para voltar à ativa, sob uma condição: ele deve ser acompanhado pelo psicólogo Hannibal Lecter (Mads Mikkensen).

Will e Hannibal, aos poucos, vão desenvolvendo uma relação de confiança --sem que o agente descubra que o psicólogo é ele próprio um assassino. No episódio de estreia, Hannibal cozinha os pulmões de uma de suas vítimas e serve a carne com ovos para o companheiro --que elogia o sabor do prato.

A série, escolhida pela revista "Entertainment Weekly" como a melhor estreia desta temporada do canal NBC --que a exibe nos EUA-- apresentou bom público em seu primeiro capítulo: foi vista por 4,3 milhões de espectadores, a melhor marca da emissora para um programa de entretenimento em mais de um ano.

No Brasil, a estreia vem acompanhada de uma novidade do AXN. O canal lançou um aplicativo que, ao ser ligado enquanto a série está passando, exibe informações extras sobre o episódio. Mostrará na tela, por exemplo, detalhes sobre os personagens que estão em cena e sobre os atores que os interpretam.


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