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Moda brasileira marca primavera de Paris

Até 22 de junho, Le Bon Marché abre espaço a cerca de 120 marcas de roupas, cosméticos, decoração e comida

Com vendas estimadas em 3 milhões de euros e apoio de agência estatal brasileira, evento quer vender "país inovador"

TRAJANO PONTES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No verão de 2005, Paris teve suas praias de Copacabana e Ipanema. Artificiais e à beira do rio Sena, é verdade, mas, ainda assim, de areia clara como as originais cariocas.

Moda, gastronomia, cosméticos, design e cultura brasileiros aparecem agora na primavera de 2013 da capital francesa, desta vez no interior do Le Bon Marché Rive Gauche, tradicional loja de departamentos da cidade.

Até 22 de junho, exposições de arte e cerca de 120 marcas ganham destaque na loja e nos canais de venda on-line.

"Usamos palmeiras e vegetação exuberante na decoração. O calçadão de Copacabana também foi uma inspiração", diz Patrice Wagner, presidente do Bon Marché. "Há muitos estilistas brasileiros talentosos com criações interessantes: o modo como trabalham o produto, os tecidos e as cores," diz.

Mas não se esperam apenas araras, cores e frutas tropicais. "Meus produtos não são claramente brasileiros quando se olha para eles. São divertidos sem estampar exatamente o país", diz Adriana Barra, uma das estilistas que ganharam espaço na loja.

O enfoque menos óbvio também aparece na moda praia, área em que o país tem destaque. "Minha roupa não é tropical, é até mais minimalista. Acho que o Bon Marché valorizou isso e o evento mostra que dá para vender design brasileiro com valor agregado", diz Guilherme Vieira, da Clube Bossa. Na França, maiôs da marca estão sendo vendidos por até 700 euros.

A lista de marcas é longa e inclui algumas bastante conhecidas no Brasil, como Melissa, Havaianas, Osklen, Gloria Coelho, Reinaldo Lourenço, Pedro Lourenço, Alexandre Herchcovitch e Cavalera.

Segundo Mauricio Borges, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o órgão investiu US$ 625 mil no evento para "divulgar um Brasil inovador, vibrante, autêntico". Segundo ele, a rede Bon Marché comprometeu-se a gastar, em contrapartida, US$ 2,25 milhões em produtos brasileiros.

O varejista francês não confirma esse número, mas, segundo o presidente Patrice Wagner, "a estimativa é alcançar vendas em torno de 3 milhões de euros [cerca de US$ 3,92 milhões]".

No passado, eventos como este tiveram o apoio da Apex-Brasil e levaram itens brasileiros às redes Macy's (EUA), Selfridges (Reino Unido), Lafayette e Printemps (França). "A ideia é colocar o Brasil como um centro de moda. Ir diretamente ao consumidor, para que o país não fique só no seu imaginário", diz o presidente da agência.


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