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Abandono não impediu ocupação do Taib

DE SÃO PAULO

Após trajeto de quase 1 km, a peça itinerante "Bom Retiro, 958 Metros" (apresentada pelo Teatro da Vertigem até março naquele bairro), acabava num cenário desolador.

A convite dos atores do espetáculo, o público entrava enfim no Taib (Teatro de Arte Israelita Brasileiro) para descobrir um espaço em total abandono, sem assoalho, com poltronas rasgadas.

A imagem não reflete o valor histórico da sala, projetada por Jorge Wilheim em 1960 no subsolo da Casa do Povo, edifício construído uma década antes pelo Instituto Cultural Israelita Brasileiro.

Localizado na rua Três Rios, o edifício projetado por Mange, Martins e Engels (1953) tem características modernistas, como fachada e planta livres. Marcou o fim da Segunda Guerra e uma homenagem aos judeus mortos no Holocausto. Funcionou também como escola e centro cultural.

O prédio continuou em uso, sob tutela do Instituto Cultural Israelita Brasileiro, mas seu teatro deixou de receber espetáculos nos anos 1980. Fechado por 30 anos, literalmente apodreceu.

Segundo Benjamin Seroussi, membro da nova administração do instituto, o orçamento da reforma de todo o edifício está em torno de R$ 12 milhões. Os recursos devem ser levantados por meio de captação de projeto a ser inscrito na Lei Rouanet. A reforma será assinada pelo arquiteto Isay Weinfeld.

Eventuais atividades podem ocorrer durante esse processo. "A ocupação de artistas pode inclusive determinar quais serão as mudanças; queremos um processo integrado", diz Seroussi.

Hoje, o bailarino Cristian Duarte e a galeria Vermelho desenvolvem projetos ali.


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