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Crítica - Comédia

Moralismo põe tudo a perder em longa que quer ser escrachado

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Modalidade de crime em alta, o roubo de identidade é o motor de "Uma Ladra Sem Limites", comédia conduzida por Jason Bateman e Melissa McCarthy, dois atores com experiência no gênero.

Como manda a receita, os personagens interpretados pela dupla têm características contrastantes: Bateman é Sandy, um contador introvertido, enquanto McCarthy vive a exuberante Diana.

A vida de Sandy entra em parafuso quando ele descobre que Diana usurpou sua identidade e abriu um rombo em sua conta bancária. O chefe de Sandy lhe dá uma semana para resolver o problema, sob pena de demissão. Ele viaja a Miami para agarrar a ladra e convencê-la acompanhá-lo até Denver para explicar tudo à polícia.

O essencial da trama se desenrola durante a viagem de volta, quando Diana passa a ser perseguida por um caçador de recompensas e uma dupla de pistoleiros a serviço de um gângster.

Cheio de perseguições e acidentes, o road movie se perde com fartas doses de humor físico, piadas sem graça e peripécias nada verossímeis. Além disso, o roteiro é uma via de mão única para Diana: ela caçoa de Sandy o tempo todo, enquanto ele nunca zomba dela.

Mas o pior são as intenções edificantes e a maneira pela qual esse moralismo vem à tona, procurando enternecer o espectador. Mentirosa contumaz, Diana não rouba por maldade, mas porque é solitária. O final redentor é o corolário dessa efusão de bons sentimentos, totalmente deslocados em uma comédia que se pretende escrachada.


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