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Crítica

Hitchcock cria suspense descontraído em alto-mar

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

Boa parte da energia que despendemos ao ver "Um Barco e Nove Destinos" (TCM, 14h, livre) vai para a pergunta: como Hitchcock conseguiu enfiar sua imagem num filme que se passa todo num bote, em alto-mar, com os sobreviventes de um naufrágio? Bem, ele consegue e rimos com a solução.

O filme, daí por diante, segue sem ser importunado por questões dessa ordem, já que estamos na Segunda Guerra e, entre os sobreviventes, há um nazista. Nem ele impedirá "Um Barco..." de ser um suspense descontraído.

Bem ao contrário, aliás, de "As Diabólicas" (TV5 Monde, 1h30, classificação não informada), de Henri-Georges Clouzot, que, assim como "Um Corpo que Cai", também nasce de um romance de Pierre Boileau e Thomas Narcejac.


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