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Nova série "Sr. Ávila" estreia hoje na HBO

Em entrevista, criadores admitem pressão por causa das mudanças trazidas pela Netflix

DE SÃO PAULO

"Sr. Ávila", série em 13 episódios produzida no México que a HBO estreia hoje no Brasil, é a história de um homem de dupla face.

O Ávila do título, interpretado pelo americano Tony Dalton, conduz a rotina de um bem-sucedido profissional liberal ao lado da mulher, do filho e da amante em paralelo à atividade de matador profissional.

Ultraviolento, o primeiro capítulo (com duas horas de duração) inclui a cena de um homem sendo queimado vivo e o posterior esquartejamento de seu cadáver com uma faca elétrica de cozinha. No confessionário, até o padre fala palavrão.

Os autores da produção são os argentinos Marcelo e Walter Slavich, os mesmos de "Epitáfios", série "que fez mais sucesso do que a HBO esperava", segundo Walter.

Atualmente eles já escrevem a segunda temporada de "Sr. Ávila", cientes, porém, de que o formato de exibição de séries que obriga o espectador a esperar para ver o próximo episódio pode estar com os dias contados.

O sucesso de "House of Cards", disponibilizada pela Netflix neste ano na íntegra, embaralhou as regras do mercado. Pela primeira vez, a Netflix ultrapassou o número de assinantes da HBO nos EUA-- 29,2 milhões contra 28,7 milhões. "A indústria está um passo atrás da nova mecânica do público de ver conteúdo audiovisual na internet", afirma Marcelo Slavich. "Não há muito caminho, a não ser adaptar-se", diz ele.

Questionado se a Netflix ameaça a HBO, Miguel Oliva, vice-presidente de relações públicas e comunicação corporativa do grupo na América Latina, diz: "Temos um modelo de negócios diferente. A HBO é o padrão de TV em nível mundial. Nos EUA, a TV vive uma era de ouro. Os competidores sempre querem comparar-se ao líder".

Sobre a tese de que, ao privilegiar a temática da violência a produção audiovisual latino-americana acentua a ideia de que nesses países a barbárie é um dado do cotidiano, Walter diz: "Há povos muito mais violentos e muito mais desenvolvidos. É diferente a violência no Chile, no México e em São Paulo."

O roteirista assinala que "Sr. Ávila" não retrata "a violência por motivos sociais" e diz que sua trama poderia ocorrer "em qualquer cidade".


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