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CD marca 50 anos de carreira de Marcos Valle

Celebrado pela nova geração carioca, ele revê repertório na voz da cantora Stacey Kent

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Hoje à noite, o cantor e compositor carioca Marcos Valle, 69, sobe ao palco da casa La Belleviloise, em Paris, para a segunda parada de uma turnê de nove shows por seis países europeus.

Na volta ao Brasil, em agosto e setembro, ele apresenta no Rio e em São Paulo, com a cantora americana Stacey Kent, 45, o repertório do disco ao vivo que gravaram juntos e que chega agora às lojas, como comemoração de 50 anos de carreira de Valle.

Antes de ir para a Europa, o cantor falou à Folha sobre sua aproximação com Kent, uma voz em ascensão no jazz.

Ele conta que, em 2011, foi surpreendido por uma voz feminina no rádio de seu carro. "Estavam tocando um disco inteiro. Fiquei ouvindo, era uma voz lindíssima. Gostei tanto que, ao chegar em casa, não saltei do carro enquanto a música não acabou. Aí ouvi o nome: Stacey Kent."

Uma semana depois, Valle foi procurado pelos organizadores das comemorações dos 80 anos do Cristo Redentor.

Na programação musical, queriam que ele dividisse um show com uma cantora americana de jazz que era sua fã declarada: Stacey Kent.

"Uma coincidência incrível", afirma. "Ela e o marido, o saxofonista Jim Tomlinson, jantaram na minha casa e viramos amigos na hora."

Procurado no ano passado pela casa de shows carioca Miranda, que gostaria de agendar uma noite de Valle com um convidado, ele pensou na cantora. Depois, o projeto foi ampliado com shows em Fortaleza e São Paulo.

A presença dos dois na Miranda rendeu "Marcos Valle & Stacey Kent". só com músicas do brasileiro, que festeja meio século de MPB.

O começo foi com "Samba de Maria", música dele gravada pelo Tamba Trio em 1963, no álbum "Avanço". Foi o primeiro registro de sua parceria com o irmão, o letrista Paulo Sérgio Valle.

Em 1964, Valle lançou seu álbum de estreia, "Samba Demais", que seria seguido por mais 22 discos, dez trilhas sonoras e muito sucesso, às vezes maior fora do país.

"Nos anos 1990, comecei a gravar por um selo europeu", recorda. Hoje,ele acha que tem mais espaço no Brasil.

"Com a internet, acho que o pessoal mais jovem daqui viu o interesse das pessoas lá fora e passou a procurar mais o meu trabalho. Ainda tenho trabalho mais concentrado na Europa, lá minhas músicas tocam no rádio."

Com coletâneas e caixas inteiras de sua obra lançadas, a influência de Valle é percebida em nomes como Kassin e Marcelo Camelo. "Foram esses jovens que me fizeram rever o que já gravei. E acho que gosto do que eu já fiz."


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