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Projeto quer formar atores para esse tipo de teatro

DE SÃO PAULO

Depois de dois anos atuando em teatro musical na Cidade do México, em espetáculos derivados da Broadway e do West End londrino, como "O Fantasma da Ópera" e "Les Misérables", Saulo Vasconcelos chegou a São Paulo em 2001 e encontrou "uma terra de ninguém".

Entrava para fazer os primeiros testes de elenco, as primeiras audições, e "não havia concorrência". Eram poucos os atores com formação musical, então.

Naqueles primeiros passos da retomada do gênero em São Paulo e no Rio, nem o público sabia como agir --desacostumado, por exemplo, a aplaudir os quadros musicais separadamente. "A gente puxava as palmas da coxia", conta Vasconcelos, rindo.

"Hoje a concorrência é maior, e o público, mais experiente." Mas ele vê necessidade de mais formação e é um dos coordenadores de um programa paralelo à produção de "A Madrinha Embriagada", no Sesi: a partir de agosto, oficinas de "vivência" de teatro musical; a partir de março do ano que vem, um curso de três anos.

O projeto foi levado ao Sesi pela produtora Atelier de Cultura, a mesma do espetáculo. Além de Vasconcelos, estão envolvidos nisso os atores Cleto Baccic, que dirige a produtora, Sara Sarres e Vivian Albuquerque, entre outros profissionais do gênero musical.

O grupo visitou quatro escolas tradicionais nos EUA, inclusive a Tisch, de Nova York, e duas no Reino Unido. "E ouvimos 50 personalidades dos musicais no Brasil, para levantar as necessidades do mercado."

A primeira turma deve ter 90 alunos, selecionados em audições. De início, os estudos se restringirão a atores, mas Vasconcelos admite também a possibilidade de formar compositores "mais para a frente", uma das necessidades levantadas.

Não é a primeira iniciativa de formação em musicais, em São Paulo. Dez anos atrás, depois dos primeiros espetáculos de maior repercussão no gênero, surgiram dois cursos, um da Casa de Artes OperÁria, na Mooca, zona leste, e outro na escola Wolf Maya, no shopping Frei Caneca.


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