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Crítica - Animação

Sequência mantém qualidade equilibrando humor e emoção

RICARDO CALIL CRÍTICO DA FOLHA

Sequências de animações costumam pecar pelo excesso. Na ânsia de apresentar novidades, elas com frequência oferecem uma overdose de personagens e situações que termina por quebrar o encanto que havia no filme original. "Meu Malvado Favorito 2" foge a essa sina apostando na máxima "em time que está ganhando não se mexe".

A continuação repete as duplas originais de diretores e de roteiristas e preserva o foco nos pontos fortes do filme original. A saber: a relação do vilão regenerado Gru com Agnes, Margô e Edith, as garotinhas que adotou, e as trapalhadas cometidas pelos minions, assistentes do protagonista com forma de batata e linguajar incompreensível.

O coração da sequência ainda é a questão da paternidade. Antes de ser vilão, Gru é homem --portanto, alguém com tendência a ser bruto, despreparado para o afeto. A beleza está na transformação de Gru em um ser altruísta, que começou no primeiro filme e se completa no segundo--e que torna a animação recomendada aos pais.

Se o amor de Gru pelas filhas responde pela emoção, os minions representam o alívio cômico. Os roteiristas e diretores tiveram a sabedoria de aumentar o espaço dado a eles, o que garante ótimos momentos de humor visual.

Mantidas essas bases do primeiro filme, "Meu Malvado Favorito 2" oferece uma virada na trama. Gru, agora um pacato pai de família, é convocado pela Liga Anti-Vilões para encontrar um bandido escondido em um shopping.

Na missão, conta com a ajuda da agente Lucy Wilde. O principal suspeito da dupla é El Macho, um ex-vilão que se tornou dono de um restaurante mexicano. A maior novidade é a paixão que Gru desenvolve por Lucy, ao mesmo tempo em que sua filha mais velha cai de amores pelo filho de El Macho.

Mais do que o vilão, o protagonista terá que enfrentar a própria timidez e a adolescência da filha, acompanhada pelo temor de perdê-la para outro amor --algo que qualquer pai poderá compreender.

Ao equilibrar-se entre humor e sentimento, "Meu Malvado Favorito 2" mantém a essência e a qualidade do filme original --e fica acima da média das animações que estrearam neste ano no Brasil.


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