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Crítica - Ação

Filme manipula espectadores com reviravoltas frenéticas

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Truque de Mestre" é um híbrido de filme sobre ilusionismo com thriller de ação focado em golpes, cuja referência incontornável é "Onze Homens e um Segredo" (2001), de Steven Soderbergh, refilmagem do clássico homônimo de 1960 dirigido por Lewis Milestone.

Os roubos são praticados por um grupo de mágicos reunido por um misterioso mentor. Os quatro têm talentos diversos. Daniel Atlas (Jesse Eisenberg) é um mestre com as cartas e Merritt McKinney (Woody Harrelson), que se autodenomina "mentalista", é um hipnotizador capaz de adivinhar os segredos e os pensamentos de quem topa pelo caminho.

Henley Reeves (Isla Fisher) é especializada em números perigosos, como escapar de algemas, e Jack Wilder (Dave Franco) tem o dom de arrebatar carteiras ou relógios, além de abrir fechaduras.

Conhecidos como os Quatro Cavaleiros, os ilusionistas protagonizam espetáculos grandiosos --patrocinados por um enigmático homem de negócios (Michael Caine)--, durante os quais roubam somas milionárias que são lançadas à plateia sob a forma de dilúvios de papel-moeda.

Os roubos intrigam o FBI, que coloca o agente Dylan Rhodes (Mark Ruffalo) no caso, auxiliado por Alma Dray, uma detetive da Interpol (Mélanie Laurent).

A dupla pede ajuda a Thaddeus Bradley (Morgan Freeman), um ilusionista aposentado que vive de revelar os segredos dos ex-colegas.

PIRUETAS

O roteiro transborda de surpresas e piruetas que confundem o espectador no que se refere às verdadeiras motivações desse quarteto que age como Robin Hood e à identidade do mentor.

Gratuitas, essas reviravoltas são como um truque de mágica, uma manipulação que afasta a atenção do espectador do essencial ao acessório. A abrupta revelação do mentor desconcerta, pois nenhuma pista é dada.

O diretor Louis Leterrier é um artesão hábil para contar uma história, à qual tem o mérito de imprimir um ritmo frenético com tomadas panorâmicas, sem fragmentar demasiado os planos, mas abusa das cenas gastas de perseguição.

Outro problema está nos próprios números de magia, quase todos assentados em efeitos especiais.


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