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'Walking Dead' questiona possível volta à normalidade
Já encerrada nos EUA, série sobre sobreviventes num mundo tomado por zumbis estreia sua quarta temporada amanhã no Brasil
O ator inglês Andrew Lincoln gosta de dizer que nunca viveu tanto tempo ao lado de um homem, no caso o xerife americano Rick Grimes, seu personagem no seriado infestado de zumbis "The Walking Dead", cuja quarta temporada estreia amanhã no Brasil, às 22h30, no canal pago Fox.
Ainda assim, nunca o viu nas telas, nem quando o criador da trama o convidou para assistir à estreia da série em sua casa. "Parei de me ver cinco anos depois que comecei a atuar. Era um exercício doloroso, não ajudava. Nunca vi o seriado. Dizem que é bom", brinca o ator de 40 anos.
Seu personagem lidera sobreviventes num mundo pós-apocalíptico, um grupo que inclui seus filhos e que aumenta nesta nova etapa, com crianças e mulheres resgatadas de uma cidade.
O xerife já passou por maus bocados, como a morte da mulher no parto, e espera um certo respiro. "Será sobre recuperação. O que mais me fascina nos seres humanos é que passamos por tanto trauma, mas sempre achamos capacidade para cicatrizar", diz Lincoln.
E conclui: "Esta temporada está encapsulada na pergunta: Podemos voltar ao que fomos antes, passar por cima de tanta brutalidade e amar de novo, viver de novo?'".
A série ganha um personagem, Bob Stookey, médico militar com problemas com álcool. Nos quadrinhos nos quais a atração se inspira, Bob é branco e tem 60 e poucos anos, mas na TV será interpretado pelo ator negro Lawrence Gilliard Jr., 42, conhecido por seu papel na cultuada série "The Wire" (2002-2008).
"Ele é um sobrevivente solitário que batalha com seus demônios pessoais", conta Gilliard Jr.
