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Longa pega carona em monitoramento da CIA

'Conexão Perigosa', com Harrison Ford, trata de espionagem e lembra caso Snowden

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE TORONTO

Quando Joseph Finder lançou o livro "Paranoia" em 2004, o uso da tecnologia para monitoramento de e-mails e telefonemas revelado pelo ex-funcionário da CIA Edward Snowden parecia mera ficção.

Mesmo quando rodava a versão cinematográfica --que estreia hoje como "Conexão Perigosa"--, o diretor Robert Luketic pensava estar fazendo apenas um thriller sobre um jovem ambicioso (Liam Hemsworth), seduzido pelo empresário de tecnologia Jock Goddard (Harrison Ford) para espionar seu ex-patrão, Nicolas Wyatt (Gary Oldman).

As revelações de Snowden podem ter surpreendido Luketic, mas não Harrison Ford. "Tinha essa suspeita fazia tempo. Acho ótimo que tenha sido revelado, porque as pessoas podem tomar a decisão política sobre o que aceitar e permitir ao governo fazer."

Para ele, a verdade só veio à tona porque o mecanismo se tornou amplo demais. "Privatizamos nossa indústria da defesa e da inteligência." Ford isenta o presidente Obama da culpa. "Essa trilha vem de muito tempo atrás."

"Conexão Perigosa" mostra desesperança com o estado das coisas nos Estados Unidos. Os vilões, aqui, são grandes empresários gananciosos. "É a primeira vez que uma geração destrói as oportunidades para a próxima geração", diz Luketic, mais conhecido por dirigir comédias românticas como "Par Perfeito" e "A Verdade Nua e Crua".

Harrison Ford admite que o tema é importante na hora de selecionar trabalho. "Quero estar em filmes que eu acho que vão ser bem-sucedidos como filmes e que atraiam algum público."

No caso de "Conexão Perigosa", não deu certo: o longa fez apenas US$ 3,5 milhões no fim de semana de lançamento. Foi a pior estreia da carreira de Harrison Ford.


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