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'Censura na China é única e ultrapassada', diz cineasta

DO ENVIADO ESPECIAL

Presidente do júri do último Festival de Berlim e responsável pela abertura com "O Grande Mestre", o cineasta chinês Wong Kar Wai, 55, adiou esta conversa pelo menos três vezes durante o evento. O diretor, avesso a entrevistas, não filmava havia seis anos, desde "Um Beijo Roubado".

(RS)

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Por que não mostrar referências a Bruce Lee, que foi aluno de Ip Man?
Bruce Lee representa a imagem moderna da arte marcial chinesa, mas o filme se passa antes de seu tempo.

Como foi trabalhar com o coreógrafo de lutas Yuen Woo-Ping, lenda dos filmes de ação?
O processo seria muito diferente e difícil sem ele, porque, como coreógrafo, ele usa truques para tornar as lutas mais prazerosas aos olhos. Já um mestre de artes marciais nunca faria isso, porque seus movimentos são tão rápidos que um golpe já é mortal.

Como está sendo filmar no mercado chinês em ascensão?
Tenho o financiamento e os recursos, mas, ao mesmo tempo, estamos ficando muito competitivos. Os distribuidores querem mais megaproduções e filmes em 3D.

Você faria um filme em 3D?
Eu comecei a fazer "O Grande Mestre" em 3D, mas após dois meses vi que era complicado. Não o processo de filmar, mas a maneira que você enxerga o filme, porque o 3D não está relacionado com a profundidade, mas com a perspectiva.

Não é complicado trabalhar com a censura na China?
Ela é única e ultrapassada. Na China, quando você faz um filme, precisa registrar o roteiro para o governo aprovar. Depois de filmar, envia novamente para aprovação. O problema é que não há uma classificação etária. Os filmes precisam ser feitos para todas as idades. Isso cria restrições, porque há filmes que você não pode mostrar para crianças. Estamos tentando mudar o sistema. Acho que veríamos mais obras interessantes, porque teríamos a liberdade de falar sobre assuntos mais pesados.

Como foi trabalhar nos EUA?
Ao contrário do que todo mundo pensa, foi uma experiência adorável.


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