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 37ª Mostra

Filme em oito episódios dá vida a quadros de Hopper

Diretores imaginaram histórias para figuras pintadas pelo artista realista

Da animação à comédia, cineastas europeus criam trabalhos a partir das telas que retratam a vida privada americana

ÚRSULA PASSOS DE SÃO PAULO

Imaginar histórias para imagens de um instante, eis o desafio de "Hopper Stories", que une oito europeus com a missão de transformar quadros do pintor norte-americano Edward Hopper (1882-1967) em curtas-metragens.

O filme é composto por episódios que vão de uma animação sobre um rompimento amoroso, de Valérie Pirson, inspirado em "Noite de Verão", de 1947, a um passeio atento da câmera pelas pinceladas de "Sol num Quarto Vazio", quadro de 1963 filmado pelo ator e diretor Mathieu Amalric ("O Escafandro e a Borboleta").

"O quadro escolhido por Amalric estava numa coleção privada e não sabíamos onde. Mathieu finalmente descobriu o colecionador, perto da cidade de Washington. Ele filmou o quadro durante horas", conta o produtor do filme, Didier Jacob.

Edward Hopper é considerado um dos grandes nomes da arte dos Estados Unidos do século 20. Seus quadros frequentemente retratam a vida íntima de personagens vistos em janelas e vitrines, atravessadas pela luz que demarca as diferenças entre o exterior e o interior.

A partir do sucesso de uma extensa retrospectiva de Hopper no Grand Palais, em Paris, no ano passado, o produtor Jacob e sua equipe propuseram o projeto ao canal franco-alemão Arte.

"Nós sugerimos convidar realizadores europeus a fazer pequenos filmes em torno de um quadro que eles escolhessem", diz o produtor.

Além de mostrar o fascínio que as pinturas realistas de Hopper exercem sobre cineastas, Jacob estava curioso para saber quais histórias poderiam ser desenvolvidas. "Mais ainda, queríamos ver como realizadores europeus iriam trabalhar com essa arte tão emblemática da cultura americana", diz.

A produção apenas cuidou para que alguém escolhesse "Aves da Noite", o conhecido quadro da cafeteria. A imagem serviu de inspiração à diretora francesa Sophie Barthes ("Almas à Venda"). Em uma comédia à la Woody Allen, ela faz a mulher sair da tela "Sol da Manhã", de dentro do ateliê de Hopper, passear por Nova York e acabar na pintura da cafeteria.

"Pudemos dar aos realizadores a possibilidade de entrar em um quadro e sonhar livremente a partir das imagens", afirma Jacob.


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