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Produções teatrais questionam os espaços femininos no cotidiano

Seis montagens, metade delas conduzida por homens, avaliam condição de mulher 'rechaçada'

'É o momento de elas ocuparem o centro da cena', diz Elias Andreato, diretor de um dos espetáculos

GABRIELA MELLÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma polifonia de vozes brada pelos direitos femininos nos palcos do país. Seis peças tratam do tema: duas são dirigidas por mulheres; outras três têm homens à frente, e uma sexta é criação coletiva do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz.

Facão na mão e indignação na alma, uma das protagonistas de "Tareias", espetáculo itinerante do Grupo Redimunho de Investigação Teatral em cartaz desde segunda-feira (28), denuncia a falta de poder de escolha de seu destino infeliz.

Habitante de alguma periferia do mundo, a personagem-título de "Antígona Recortada", com direção de Cláudia Schapira, tenta se impor a uma hierarquia que a exclui e cria seu próprio código de leis.

A peça estreia neste final de semana juntamente com "Jocasta", solo escrito e dirigido por Elias Andreato. No espetáculo, a heroína clama por amor e prazer enquanto os homens buscam poder.

Mulheres inconformadas com seus próprios destinos também estão em "Medeia Vozes", do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz (que inicia temporada em Pernambuco), "A Casa de Bernarda Alba", também dirigido por Andreato, e "Monga", solo dirigido por Juliana Sanches, que estreia na semana que vem.

"É o momento de a mulher ocupar o centro da cena e ser senhora de sua voz", afirma Andreato.

"É preciso escancarar que a sociedade machista com a qual somos de alguma forma condescendentes esmaga a mulher todos os dias", diz Rudifran Pompeu.

Autor e diretor de "Tareias", Pompeu criou um espetáculo que percorre as ruas do centro de São Paulo para traduzir a revolta de mulheres ocultas da megalópole.

"Medeia Vozes" trata de mulheres reais revolucionárias que enfrentaram a sociedade patriarcal.

"É uma colcha de retalhos que costura vozes mudas, caladas, engasgadas, de mulheres que foram e são rechaçadas como Medeia", dizem em uníssono os integrantes do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz.


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