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Comédias dominam cinema brasileiro

Com mercado em alta, cinco dos sete filmes com mais de 1 milhão de espectadores em 2013 são cômicos

Longas do gênero custam às vezes menos da metade das superproduções no Brasil e rendem milhões

DE SÃO PAULO

Se as superproduções brasileiras que custam mais de R$ 10 milhões sofrem em 2013 para obter público, as comédias, que custam em média R$ 5 milhões, menos da metade de "Serra Pelada" e "O Tempo e o Vento", seguem fortes.

Dos sete longas que alcançaram a marca de um milhão de ingressos vendidos no ano, cinco são comédias: "Minha Mãe É uma Peça", "De Pernas Pro Ar 2", "Vai Que Dá Certo", "O Concurso" e "Mato Sem Cachorro" --completam a lista "Faroeste Caboclo" e "Somos Tão Jovens", ambos ligados ao músico Renato Russo.

O oitavo provavelmente será "Meu Passado Me Condena", que estreou semana passada com a segunda melhor abertura do ano. A comédia levou 425 mil pessoas ao cinema em três dias. Em comparação, a aventura "Serra Pelada" fez 253 mil espectadores em duas semanas.

"Comédia e biografias musicais são as únicas coisas que dão um ótimo resultado", afirma Paulo Sérgio Almeida, diretor do portal "Filme B", especializado no mercado cinematográfico brasileiro.

"Ocorre que no Brasil há uma predileção pela comédia. Os filmes têm um diálogo grande com a linguagem da TV. E temos hoje uma geração muito talentosa, como o Fábio Porchat, o Bruno Mazzeo. Então o público já sabe o que esperar desses filmes", diz Heitor Dhalia, diretor de "Serra Pelada".

O desempenho das comédias deve transformar 2013 em um ano histórico. Anteontem, as bilheterias de filmes nacionais ultrapassaram os 22 milhões de ingressos vendidos e, no fim do ano, devem superar o recorde de 25 milhões de espectadores obtido em 2010, ano de três blockbusters: "Nosso Lar", "Chico Xavier" e "Tropa de Elite 2".

Apesar do ótimo momento, a comédia parece anestesiar a vontade do público em arriscar novos gêneros. "Não sei se é acomodação. Sinto que hoje há um imediatismo, uma impaciência e uma solidão maiores. E, talvez, as comédias estejam respondendo mais facilmente a isso", analisa Rita Buzzar, produtora de "O Tempo e o Vento", que custou cerca de R$ 14 milhões e rendeu só R$ 6,8 milhões.


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