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Semana gorda do rock começa hoje em SP

Red Hot Chili Peppers completa 20 anos de turnês no Brasil com show que traz o bem-sucedido CD 'I'm with You'

Yeah Yeah Yeahs, trio de Nova York liderado pela badalada cantora Karen O, abre a noite na Arena Anhembi

NATÁLIA ALBERTONI DE SÃO PAULO

Em sua sexta turnê no Brasil, o Red Hot Chili Peppers comemora 20 anos de sua primeira vinda ao país, no Hollywood Rock 1993. Já tocou em Belo Horizonte, no último dia 2, e se apresenta também no próximo sábado, no Rio.

Hoje, na Arena Anhembi, em São Paulo, mostra sucessos e músicas do álbum "I'm with You", que saiu no ano passado e chegou ao topo das paradas de 17 países.

Para abrir esses shows, o convidado é o trio nova-iorquino Yeah Yeah Yeahs, sempre elogiado por Anthony Kiedis e Flea, respectivamente cantor e baixista do Chili Peppers.

Em entrevista à Folha, o guitarrista do Yeah Yeah Yeahs, Nick Zinner, diz que o Chili Peppers sempre apoiou o trabalho deles e fez um convite despretensioso. "Não há planos para tocarmos juntos no palco, mas nunca se sabe."

O Yeah Yeah Yeahs parece ter estacionado na zona de conforto no recente disco "Mosquito" (2013). Suas melodias já não são revolucionárias como as dos três primeiros CDs ("Fever to Tell", "Show Your Bones" e "It's Blitz!"), bem avaliados.

Algumas letras soam descomprometidas, como a da canção que dá nome ao álbum e conta a saga de um inseto.

Mas o grupo indie rock tem alguns trunfos. Como a canção "Sacrilege" ""que desperta com um coro gospel"" e a vocalista Karen O, grande "performer" da sua geração.

Zinner também fala sobre o repertório. "Não poderemos tocar no Brasil umas duas músicas novas porque foram feitas com bases de estúdio, mais tecnológicas", afirma.

"Temos levado David Pajo como segundo guitarrista nas turnês, o que ajuda bastante, mas tem algumas impossíveis mesmo, como These Paths'. De resto, vamos tocar tudo".

O YYY usa batidas eletrônicas mais evidentes desde "It's Blitz!". Para definir o que dá ou não para apresentar no palco, Zinner explica existir um processo. "Quando estamos gravando, a última coisa que pensamos é se poderemos tocar aquilo ao vivo. Depois de tudo finalizado, sempre passamos por um processo, que dura cerca de um mês ou mais, para tentar reinterpretar as canções ao vivo", esclarece.

Formada mais ou menos na mesma época que o Strokes, o Yeah Yeah Yeahs surgiu meio sem rótulo, num revival do rock de garagem, fazendo --também como o Strokes-- algo diferente da cena musical do período, dominado pelo new metal do Korn e Limp Bizkit. Com uma pegada pretensamente louca, meio punk decadente, o grupo de Karen O foi encontrando seu espaço.

Há 13 anos à frente do YYY, a artista ainda é elogiada por suas performances, mas Zinner conta que o ritmo mudou. "Fazer turnês está ficando cada vez mais difícil para a Karen, fisicamente falando. Se doar tanto no palco sempre. É exaustivo."


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