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Mojica celebra 50 anos de seu personagem com festa

NINA RAHE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Numa tarde de outubro, um rabecão desceu a rua Augusta, em São Paulo. Os funcionários da casa noturna Blitz Haus receberam a encomenda: um caixão. Ninguém havia morrido.

Para a festa de 50 anos de Zé do Caixão, que ocorre nesta quarta, os gerentes foram a oito funerárias em busca do material. "Devem ter pensado que mataríamos alguém", diz o gerente Paulo Cardoso.

Há três meses, Liz Marins, cineasta e filha de José Mojica Marins, planeja a celebração ao personagem criado por seu pai em 1963.

O espaço terá decoração especial para a festa: o caixão estará em destaque junto a teias, caveiras e bonecas ensanguentadas. Um ambiente será para convidados, e outros dois, abertos ao público. Meia dúzia de televisores antigos exibirão filmes de Mojica.

Um cardápio de bebidas especial terá opções batizadas com nomes dos longas: "À Meia-Noite Levarei Sua Alma", "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" e "Encarnação do Demônio".

O drink "Meia-Noite..." terá gelo seco para dar a impressão de que a alma está realmente indo embora.

Zé do Caixão também dá nome a uma das bebidas preferidas de Mojica, que leva creme de ovos, Campari e licor de menta. "Todos os drinks serão do tipo bebeu, caiu'", diz Liz.

Vestido como seu personagem, de cartola e capa, o cineasta lançará maldições. Uma de suas pragas não pode faltar: "Que seus cabelos se convertam em ácidos, escorram por seus olhos, cegando-os, e desçam até a parte íntima".

No setlist, rock com pitada gótica. Os donos da casa também buscam um Volkswagen 1.600, carro que ficou conhecido como Zé do Caixão, e estudam distribuir lembranças. Se der certo, os convidados levarão para casa uma unha postiça.


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