Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

Delcio Carvalho encantou com sambas lentos e voz de veludo

LUIZ FERNANDO VIANNA ESPECIAL PARA A FOLHA

Discreto, sereno, Delcio Carvalho será sempre lembrado como o principal parceiro de Dona Ivone Lara. Não é pouco estar à sombra dela, mas não é o suficiente. Excelente compositor e cantor, foi um grande da música brasileira.

Delcio morreu ontem, aos 74 anos, vítima de câncer. O enterro ocorreria no cemitério de Irajá, no Rio.

O disco em que a riqueza de Delcio está resumida é "A Lua e o Conhaque" (2000). Ali estão seus dois maiores sucessos feitos com Dona Ivone: "Sonho Meu" (em duo com Zeca Pagodinho) e "Acreditar".

Como indicam os títulos "Samba do Coração" e "Melancolia", presentes no CD, os versos (e, eventualmente, as melodias) de Delcio pendiam para um travo triste, um reconhecimento de que a vida não é fácil, mas que é preciso suportá-la cantando.

O letrista torna-se um artista de porte ainda maior quando se ouve sua voz de veludo. Ela emociona em discos como "A Lua e o Conhaque", "Afinal" (1996) e "Profissão Compositor" (2006).

Neste ano, realizou com o violonista Marcelo Guima o CD "Dois Compassos".

Nascido em Campos (279 km do Rio), não seguiu a tradição dos cantos e sons rurais da região, firmando-se no samba mais lento e romântico.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página