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Crítica
Em 'No', Gael García Bernal é marqueteiro antiditadura
INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHAÉ um estranho filme "No" (TC Cult, 22h; 14 anos). Trata do plebiscito que poderia ou não estender o governo Pinochet no Chile. Um plebiscito feito para a ditadura vencer, claro. Tudo levava a oposição democrática à perdição, entre outras no seu próprio purismo doutrinário.
É quando surge o publicitário (ou o que chamamos pejorativamente de marqueteiro) Gael García Bernal e propõe uma maneira de traduzir todo o complexo programa dos antiditadura em algumas imagens e palavras de ordem.
O "No" (quer dizer não, é evidente) implica renunciar a muitas coisas, até mesmo aceitar certas distorções programáticas. Mas é o que dá chance de vitória. O filme exalta os fins e não se ocupa dos meios. Mas tudo isso é um caso a pensar.