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Cat Stevens faz shows no Brasil pela primeira vez

Britânico só responde pelo nome religioso,Yusuf, e foca nos anos 1970

Cantor toca em São Paulo e no Rio e deve apresentar música inédita sobre futebol em homenagem ao país

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Yusuf, 65, faz shows hoje e amanhã em São Paulo, seus primeiros no país desde o início da carreira, apesar de ter vivido no Rio nos anos 1970.

Este é o nome que o londrino Steven Demetre Georgiou adotou em 1977, ao se converter ao islamismo. Mas ele só é notícia aqui pela fama que conquistou com um outro nome, artístico: Cat Stevens.

O público irá ao Credicard Hall para ouvir Cat Stevens. Hoje ele não responde quando o chamam assim. É Yusuf. Exigência compreensível, mas inútil enquanto ele carrega um nome que foi um dos maiores vendedores de discos no início da década de 1970.

Entre 1967 e 1974, ele gravou oito álbuns que frequentaram o topo das paradas e transformaram em hits radiofônicos canções como "Morning Has Broken", "The First Cut Is the Deepest", "Oh Very Young" e "Moonshadow".

Seus três discos de 1975 a 1978 são mais fracos. O terceiro desses, "Back to Earth", foi o único que lançou como Cat Stevens após a conversão religiosa. Yusuf só voltaria a gravar após um hiato de 28 anos. São dois discos, de 2006 e 2009, nada comparáveis aos anteriores.

O álbum de 1970, "Tea for the Tillerman", é sua inegável obra-prima, com as três faixas mais populares que gravou: "Where Do the Children Play?", "Wild World" e "Father and Son". Esta última ganhou uma notoriedade singular no Brasil, graças a Eduardo Suplicy.

No Senado, o político paulistano ficou famoso por cantar no plenário hinos do rock, notadamente "Blowin' in the Wind", de Bob Dylan, e "Father and Son", uma emocionada letra de Cat Stevens sobre um pai que fala ao filho o lado bom de envelhecer.

É fácil ligar os dois compositores. O cantor inglês surgiu na segunda metade dos anos 60, quando o americano já abrira estrada para trovadores modernos e letras com política agregada a romantismo. Stevens e o escocês Donovan seguiram na cola de Dylan.

Yusuf excursiona com o repertório de Cat Stevens e, no palco, exibe uma persona bem mais simpática do que fora dele. Odeia fotos, veta perguntas e costuma deixar fãs falando sozinhos em aeroportos e hotéis.

Por aqui, deve apresentar canção inédita em homenagem ao Brasil, "O Jogo Bonito", com letra sobre futebol. Mas, para os admiradores, certamente quarentões e cinquentões, o que importa é ouvir "Wild World" com seu criador, após longa espera.


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