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Opinião

Vídeos são fofos e criativos, mas apelar aos bichos é rebaixar o nível

FABIO CYPRIANO CRÍTICO DA FOLHA

São todos muito fofos, são todos uma graça, mas os clipes com os gatinhos exibidos no Internet Cat Video Festival --o nome até que é bom-- são mais um exemplo de eventos popularescos, que mais confundem a já confusa compreensão do que pode ser visto como arte contemporânea.

Como estratégia para buscar novos públicos ao museu, o formato até poderia ser valido: retirar da internet conteúdo que chama a atenção, levando uma atividade que costuma ser individual a tornar-se um evento coletivo.

Os vídeos são criativos e engraçados, já alcançaram milhões de observadores, mas não estão nada longe de outro besteirol recente, a dancinha do "Harlem Shake".

E aí reside a questão essencial: será que é preciso rebaixar tanto o nível?

Há um desespero, comum a muitos museus em todo mundo, em alcançar maiores bilheterias, legitimando-se pela quantidade de visitantes e não pela qualidade do que é exposto. É nesse contexto que se pode olhar para eventos como o Internet Cat Video Festival.

Estratégias assim simplistas são pura jogada de marketing. Com tantas obras em vídeo polêmicas, divertidas e até sensacionalistas, que poderiam ajudar a atrair público, apelar para os gatinhos é uma opção fácil demais.


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