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Biografias

Em carta, escritores dizem que lei atual afronta Constituição

Manifesto foi divulgado ontem ao final de encontro no Ceará

FABIO VICTOR ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA

Reunidos num festival em Fortaleza, 12 dos principais biógrafos do país divulgaram ontem uma carta em que defendem as ações no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional para alterar a lei que permite censura prévia a biografias.

"A legislação em vigor transformou nosso país na única grande democracia a consagrar a censura prévia", diz a "Carta de Fortaleza" (íntegra em folha.com/no1372640).

O trecho faz referência aos artigos 20 e 21 do Código Civil, pelos quais é possível impedir a publicação de biografias sem autorização anterior.

O manifesto veio a público no encerramento do festival e a quatro dias do início da audiência pública no STF que debaterá a ação movida por editoras para modificar a lei.

Assinam a carta Mário Magalhães, curador da programação literária do evento, redator do documento e autor de uma biografia do guerrilheiro Carlos Marighella, e os 11 convidados do festival.

São eles: Fernando Morais, Guilherme Fiuza, Humberto Werneck, João Máximo, Josélia Aguiar, Lira Neto, Lucas Figueiredo, Luiz Fernando Vianna, Paulo César de Araújo, Regina Zappa e Ruy Castro.

Em quatro dias, o evento reuniu literatura, cinema e música. A tenda dos debates teve, em geral, boa parte de seus 180 lugares ocupados.

As mesas literárias, carro-chefe do festival, se equilibraram entre a defesa das biografias livres e a descrição da arte de contar a vida dos outros.

Chico, Caetano, Gil, Djavan e Roberto Carlos, defensores da lei atual e para quem liberdade de expressão deve ser conciliada com o direito à privacidade, foram criticados em todos os debates. Ruy Castro chamou Roberto de "censor nato e hereditário".


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