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Britânico da vez faz a sua 1ª exposição em São Paulo

Eddie Peake expõe trabalhos inéditos na filial da galeria inglesa White Cube

Artista apontado pela crítica como promissor ficou conhecido por performance que mistura sexo e futebol

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES DE NOVA YORK

Na noite da última quinta, uma pequena multidão esperava apertada no saguão do Instituto Suíço, no Soho, em Nova York, pelo início da performance "Endymion", do artista britânico Eddie Peake.

Com pouco mais de 30 anos, Peake era uma das principais atrações da Performa, prestigiosa bienal dedicada ao gênero, criada por RoseLee Goldberg em 2004.

O público rapidamente ocupou as margens da sala de dois níveis onde sete bailarinos, quatro pintados de ouro e três de negro, encenaram uma coreografia na qual distanciamento e contato, frieza e erotismo se alternavam ao som eletrônico.

Peake é o mais jovem a ser representado pela White Cube, galeria de arte do Reino Unido. Ele inaugura hoje a filial paulista, com sua primeira mostra na América do Sul.

A exposição, com 19 obras inéditas, "Caustic Community (Masks and Mirrors)" apresenta um diálogo entre duas séries de pinturas: as "de máscara" e as "de espelho".

Peake não é --como ele mesmo diz-- "um expert em cultura brasileira".

"Mas incidentalmente", conta, "usei um sample de Sarah Vaughan (1924-1990) cantando Dindi', de Tom Jobim (1927-1994), na performance de Nova York".

Inglês, ele também gosta de futebol --e logo que chegou a São Paulo foi assistir a um decepcionante 0 x 0 entre Corinthians e Vasco.

"Quando era estudante escrevi um ensaio sobre conexões entre futebol e arte que, honestamente, não deveria ser muito bom, mas lembro de ter lido um monte de coisas sobre futebol brasileiro".

Uma das razões do sucesso midiático de Peake deve-se a uma combinação de futebol, sexo e voyeurismo.

Em 2012, encenou a performance "Touch", que consistia numa verdadeira "pelada": cinco jogadores de cada lado disputavam a pelota com uniformes que se resumiam a meias e chuteiras.

"Há alguns anos eu trabalho com imagens sexuais e temas correlatos. Em parte, isso se deve ao fato de que esse imaginário ressoa em mim de um modo que transcende a linguagem verbal", explica.

Artista emergente da vez, Peake evita o assunto. Questionado sobre um hype em torno dele, respondeu: "No comments".


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