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Crítica - Animação

'Bons de Bico' é comédia de ação com correria desembestada

SÉRGIO RIZZO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Imagine uma mistura do seriado "O Túnel do Tempo" (1966) com "A Fuga das Galinhas" (2000), em ambientação de faroeste sobre os conflitos entre brancos e índios.

"Bons de Bico" usa os ingredientes acima (e muitos outros) para cozinhar uma comédia de ação com boas piadas e movimento quase incessante, de olho nas crianças e também nos pais.

A analogia culinária não é gratuita. A história do filme se alimenta da tradição norte-americana de comer peru no Dia de Ação de Graças (e, na dublagem brasileira, na ceia de Natal).

Nos EUA, todo ano o presidente costuma "perdoar" um peru, que escapa do abate. O protagonista de "Bons de Bico" é esse sortudo, que ganha vida de conforto sob as asas da família presidencial.

Algumas estripulias depois, ele e outro peru viajam no tempo para evitar, no século 17, o suposto início da tradição que os levou a ser o prato principal da ceia. A dupla ajuda uma tribo de perus ancestrais, que se caracterizam como índios, a escapar de caçadores.

Coproduzido por dois estúdios independentes, "Bons de Bico" vai bem na empatia politicamente correta com os personagens, mas o corre-corre desembestado às vezes lembra o de um... peru.

Se um dia toda a sociedade julgar que comer animais é um sacrilégio, o filme talvez seja lembrado como um precursor do esforço de propaganda infantil em nome da dieta vegetariana.

A irônica defesa da pizza como um prato nobre também ganha espaço no terceiro longa do diretor Jimmy Hayward, que se formou na Pixar em filmes como "Toy Story" (1995) e "Procurando Nemo" (2003).

Como diretor, ele fez a animação "Horton e o Mundo dos Quem!" (2008) para a Blue Sky, produtora que tem como sócio o brasileiro Carlos Saldanha ("Rio"), e a aventura "Jonah Hex - O Caçador de Recompensas" (2010).


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