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Residências minimalistas são tema da Coleção Folha
Sobriedade e formas simples marcam estilo
"Menos é mais", pregava o arquiteto Mies van der Rohe. Os exageros não são bem-vindos no estilo minimalista, tema do nono volume da Coleção Folha Design de Interiores, que vai às bancas no próximo domingo, dia 8.
O volume apresenta seis projetos, incluindo uma casa projetada pelo português Eduardo Souto de Moura, vencedor do prêmio Pritzker de arquitetura em 2011.
A residência, no interior da Espanha, usa com parcimônia as cores neutras, tem grandes sofás quadrados, paredes brancas, piso de madeira e armários suspensos.
Nela e nos demais projetos, não há enfeites meramente decorativos. O foco recai sobre o espaço --e não sobre o que ele contém-- e muita importância é dada à iluminação, natural ou artificial.
Nas casas apresentadas no livro, grandes janelas e portas de correr de vidro abrem-se à paisagem, que contrasta com interiores sóbrios, de formas lineares, simples, precisas e geométricas.
Os materiais, em sua maioria, são industriais ou inspirados pela inovação --resina, corian, cimento ou gesso em tons neutros. Tudo é resistente e fácil de limpar. Móveis podem até ser presos à parede para liberar o chão.
As superfícies são lustrosas: tinta brilhante para armários, metal para os eletrodomésticos, cozinhas e acessórios, vidro e cristal para mesas ou pias de banheiro, couro ou tecidos sóbrios para os estofados.
No campo das cores, predominam o preto e o branco, que, muitas vezes, aparece como a única cor. Cores que remetem à terra e à areia, como bege, ocre e marrom, também têm lugar em uma casa minimalista.
Nas construções e nos objetos minimalistas nada é supérfluo, apenas o essencial permanece. Os móveis são poucos e funcionais. A cadeira Barcelona, produzida pela Knoll International em 1929, continua a ser um símbolo do estilo.