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Livro sobre grupo Secos & Molhados exclui integrante

João Ricardo não autoriza uso de sua imagem na obra e vira 'fantasma' em fotos modificadas e cortadas pela edição

Escrito por Gerson Conrad, ex-integrante da banda, 'Meteórico Fenômeno' reconstitui dissolução do grupo

(GUSTAVO FIORATTI) DE SÃO PAULO

Há um fantasma assombrando as páginas do livro "Meteórico Fenômeno", lançado na última quinta e que conta a história da extinta banda Secos & Molhados, da qual fizeram parte, nos anos 1970, João Ricardo, Ney Matogrosso e Gerson Conrad, este último autor do trabalho.

O fantasma é o de João Ricardo, literalmente riscado da coleção de fotos publicadas. Ele não autorizou o uso de sua imagem, e a solução encontrada tanto pelo autor como pela editora para levar o projeto adiante foi usar um programa de computador para ocultar o rosto de João, deixando à vista só sua silhueta.

Outras fotografias também foram recortadas para que a imagem do cantor e violonista ficasse de fora.

A briga entre os integrantes dos Secos & Molhados não é uma novidade. Desde que o grupo acabou, em 1974, Ney e Conrad romperam relações com João. Em "Meteórico Fenômeno" há um capítulo inteiro dedicado a explicar a dissolução do grupo.

O livro reproduz reportagem da Folha na qual, em depoimento, Ney e Gerson afirmam que João teria monopolizado "os interesses profissionais do grupo" e passou a tratar os colegas "como empregados". "O problema começou quando o pai dele passou a empresariar o grupo", conta hoje o autor.

Procurado pela Folha --por e-mail e por meio de seus produtores-- João Ricardo não respondeu à solicitação de entrevista. Ao jornal "O Estado de S. Paulo", o cantor e violonista disse: "Os dois saíram do grupo me detonando".

O novo livro representa sobretudo a visão de Conrad sobre a história do grupo, retratando o breve período em que atuou, entre 1973 e 1974.

Há um texto que detalha, por exemplo, como a banda optou por se apresentar com maquiagens extravagantes e purpurina pelo corpo. Essa marca dos Secos & Molhados teve influência de um grupo mais antigo, Dzi Croquettes.

Com diagramação que se parece com a de uma revista e reproduções de artigos e reportagens de jornais, o livro não se aprofunda na história do trio, tampouco traz muito além daquilo que já foi publicado anteriormente.


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