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Papel marca volta da atriz aos cinemas após 16 anos

Julia Louis-Dreyfus também faz papel de vice-presidente no seriado 'Veep'

Produção que estreia na sexta é uma aposta para o Oscar; artista diz que pretende se dedicar mais a fazer filmes

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LOS ANGELES

A atriz Julia Louis-Dreyfus fez papéis tão marcantes na televisão, que confundi-la com suas personagens é praticamente inevitável.

Espera-se encontrá-la com os caracóis incontroláveis e os paletós desengonçados de Elaine Benes (de "Seinfeld"). Ou com o tailleur e os saltos altos de Selina Meyer (de "Veep", exibido pela HBO 2). Mas Julia surge mais parecida com Eva, sua personagem em "À Procura do Amor": bata branca, jeans, fios encaracolados domados.

Pequena (1,60 m), a atriz de 52 anos mostra poucas linhas no rosto. Diz que nunca temeu ser sempre lembrada como Elaine, personagem que descreveu certa vez como uma pessoa horrível. "Sei que o papel é icônico. Mas nunca pensei que era um peso, nem permiti que fosse."

Se fez pouco cinema, foi pelos filhos --Henry, 21, e Charles, 16--, nascidos quando gravava "Seinfeld".

Com 22 episódios por ano, a programação da série era pesada. Ela não queria usar as folgas anuais de três meses para deixar as crianças e ir para um set de filme. E era na TV que encontrava os trabalhos mais desafiadores.

Julia conheceu o marido na universidade, o roteirista, ator e diretor Brad Hall. Casaram-se em 1987 e estão juntos 26 anos depois, raridade para padrões hollywoodianos. "Para qualquer padrão", ela corrige.

Os dois trocam ideias sobre os projetos de cada um. Juntos, desenvolveram a série "Watching Ellie" (2002-2003) e o curta "Picture Paris", motivados pela ida do filho mais velho para a universidade. Por isso, a atriz diz que compreende bem os sentimentos de sua personagem em "À Procura do Amor".

O filho Henry segue a veia artística da família. É músico e compositor. Já Charles gosta de basquete.

A própria Julia vem de um lar que apreciava as artes.Nascida em Nova York, a atriz diz que idas ao cinema, ao teatro, a museus eram comuns na sua vida.

Ela não gosta que a classifiquem como bilionária, mas foi chamada por causa de seu pai, o executivo Gérard Louis-Dreyfus. "Ele só gerenciava uma companhia que supostamente valia muito dinheiro. Não era dinheiro dele."

De qualquer modo, Julia frequentou escolas particulares, o que nos EUA é comum só entre os mais ricos.

Seus pais se separaram quando ela tinha um ano. A mãe, Judith, casou-se com um médico que treinava pessoas em países necessitados. Por causa disso, Julia morou em Sri Lanka, Colômbia e Tunísia antes de se estabelecer em Washington. Sua meia-irmã é a atriz Lauren Bowles, da série "True Blood".

MAIS CINEMA

É possível que venha da infância em Washington o interesse de Julia pela política.

Quando a atriz encontrou o britânico Armando Iannucci, que tinha a ideia de fazer um seriado sobre os bastidores do poder pela visão de uma vice-presidente, encantou-se imediatamente por "Veep". É uma das produtoras da série.

"Sempre achei a política interessante."

Julia também é uma engajada defensora do ambiente em Los Angeles, onde mora, contribuindo com grupos que lutam pela limpeza do mar.

Como "Veep" tem poucos episódios por temporada, Julia Louis-Dreyfus está com uma agenda mais livre para se dedicar aos longas ""ela afirma que desenvolve alguns projetos para a tela grande.

"Estou muito feliz por ter feito À Procura do Amor'", diz, sobre seu primeiro papel no cinema em 16 anos. A produção é pequena, mas tem tido boa bilheteria e é alvo de apostas para indicações ao Globo de Ouro e ao Oscar.


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