Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

B-boys e b-girls ocupam a cena de dança

Dançarinos de breaking e outros estilos urbanos se apresentam em festival e espetáculos neste mês em São Paulo

Temporada terá competições, oficinas, debates, sessões com rodas de improvisação e coreografias de palco

IARA BIDERMAN DE SÃO PAULO

Para rebater a overdose de "O Quebra-Nozes", o balé clássico do Natal, vai ter muito breaking e outras danças urbanas neste dezembro.

Hoje começa o Master Crews, festival competitivo de break dance. A partir de amanhã, até o último sábado deste mês, o Grupo Men conduz improvisações com passos da dança e manobras de parkour (técnica de movimentação caracterizada por saltos mortais e acrobacias).

E na próxima terça-feira, os dançarinos do Chemical Funk começam uma temporada de seu espetáculo sobre "locking", outra modalidade de dança urbana.

Em sua 11ª edição, o festival Master Crews terá exibição de vídeos, workshops, batalhas entre as equipes ("crews") e as rodas ("cyphers") de improvisações.

A "jam" (improvisação) é o centro dessa dança urbana que surgiu nos Estados Unidos no final dos anos 1960.

"As rodas para as jams' são o grande orgulho da cultura hip-hop", diz Fernando Moratore (Mr. Fe), diretor de arte e produtor cultural.

Junto com José Bispo de Assis (Bispo SB), Moratore criou o Master Crews, em 2002. No ano passado, o festival reuniu 4.000 pessoas, entre público e competidores.

O auge das danças urbanas foi nos anos 1980, segundo Moratore, mas atualmente há um interesse aparentemente renovado na modalidade.

O dançarino Aranha (Michael Nunes), do Grupo Men e de outros dois grupos de breaking, diz que, além dos shows que tem feito na América Latina e Europa (incluindo países do Leste Europeu, como a Polônia), a demanda por shows no Brasil está alta.

Um dos motivos pode ser o fato de que intervenções urbanas, espetáculos fora dos palcos tradicionais e a eliminação das fronteiras entre público e artistas são tendências fortes na dança contemporânea. E algo que os dançarinos de breaking e seus estilos irmãos sempre fizeram.

"Nós somos tão dança quanto os grupos contemporâneos. Mas ainda não fomos absorvidos pela cultura oficial, nunca sobra para nós nos editais [para patrocínio]", diz Moratore.

Para o coreógrafo e dançarino Ivo Alcântara, do Chemical Funk, enquanto companhias de dança contemporânea buscam atuar nos espaços públicos, alguns grupos da dança urbana procuram se apresentar nos palcos, como uma forma de difundir e legitimar o estilo.

É esse o foco de sua companhia, criada em 2006 e que já tem sete coreografias para palco no repertório. O espetáculo que entra em cartaz na semana que vem é formado por uma série de esquetes coreográficos que contam a história e mostram os fundamentos técnicos do estilo "locking" de dança urbana.

MASTER CREWS
QUANDO hoje, às 18h, amanhã, das 10h às 21h; domingo, das 14h às 21h
ONDE* hoje: Caixa Cultural, (pça da Sé, 111, tel. 0/xx/11/3321-4400); amanhã: das 10h às 13h na r. Siqueira Bueno, 400, Belém, SP e das 14h às 21h na Lega Itálica (pça. Almeida Júnior, 86, tel.: 0/xx/11/3208-1920); domingo: Casa das Caldeiras (av. Francisco Matarazzo, 2.000, tel.: 0/xx/11/3873-6696)
QUANTO grátis hoje e de R$ 10 a R$ 25 no fim de semana

GRUPO MEN NA JAM
QUANDO de 7 a 28, aos sábados, às 18h30
ONDE Sesc Pinheiros (r. Rua Paes Leme, 195, tel.: 0/xx/11/3095-9400)
QUANTO grátis

CHEMICAL FUNK DANÇA URBANA - LOCKING
QUANDO de 10 a 18, às terças e quartas, às 20h30
ONDE Sesc Pinheiros (r. Rua Paes Leme, 195, tel.: 0/xx/11/3095-9400)
QUANTO grátis


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página