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Crítica - Música

Lista de 101 hits compensa omissões com alguns achados

RAFAEL CAPANEMA DE SÃO PAULO

Com formato pop e ordenado de forma não cronológica, "101 Funks que Você Tem que Ouvir Antes de Morrer" não tem pretensões historiográficas --muito menos antropológicas, como o pioneiro "O Mundo Funk Carioca" (1988), de Hermano Vianna.

Mas, nos breves textos sobre cada uma das músicas, identificam-se os momentos-chave da trajetória do ritmo, como o sucesso de Claudinho & Buchecha e o fim da hegemonia da batida reta do "miami bass" em prol do sinuoso tamborzão (o "tchu, tchá") do Bonde do Tigrão.

A decepção inevitável por omissões (Gaiola das Popozudas, por exemplo) é recompensada por hits mais obscuros como "Rap do Trabalhador", do MC Magalhanze, e o obsceno (e obscenamente engraçado) "Chatuba de Mesquita", de MC Duda.

Talvez graças à sua evolução contínua, o gênero é perpetuamente associado à juventude e rejeitado por aqueles que ouvem "de tudo, menos funk" ou que dizem que "funk, só James Brown".

Na melhor das hipóteses, a parcela antifunk tem consumido o ritmo como "viral trash", caso dos vídeos do Bonde das Maravilhas e suas divertidas coreografias para os quadradinhos "de Oito" e "Tipo Borboleta".

A outra queixa comum, contra quem ouve funk sem fones de ouvido, o jornalista Rafael de Pino dá uma resposta atrevida no prefácio: "é um fenômeno de grupo. Um fone de ouvido não resolve."

Ou, como entoam as torcidas do Rio para tirar sarro da derrota do rival, em referência a um funk de MC Marcelly: "Uh, aceita!"


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