Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Livro celebra 55 anos de Teatro Oficina

Publicação, que será lançada no dia 23, lista os nomes dos mais de 1.300 artistas que já passaram pelo palco do espaço

Obra independente reproduz desde o mapa astral do grupo teatral até reportagens e programas de peças

DE SÃO PAULO

Mais de 1.300 artistas já passaram pelo palco do Teatro Oficina nos seus 55 anos de existência. É uma conclusão cravada em "Oficina50+, Labirinto da Criação", livro independente organizado pelo ator e designer gráfico Mariano Mattos Martins, a ser lançado no Oficina no dia 23.

Para juntar esses nomes em três páginas do livro, Mariano consultou programas de espetáculos e eventos que o Oficina realizou até hoje.

A pesquisa foi levantada nos dois principais acervos do grupo, um deles guardado em uma casa no Bexiga, o outro aos cuidados da Unicamp, em Campinas.

Embora se perca no excessivo número de reproduções de matérias de jornais, o livro traz preciosidades, como os mapas astrais riscados pelo astrólogo cubano Hector Othon a partir das datas de aniversário das três principais fases do grupo. "Consideramos que o Oficina nasceu três vezes", diz Martins.

Ele se refere à estreia do grupo em 28 de outubro de 1958 (escorpião), com o espetáculo amador "Vento Forte para Papagaio Subir"; depois à estreia de "A Vida Impressa em Dólar" em 16 de agosto de 1961 (leão), início da vida profissional do Oficina; e, finalmente, à inauguração do projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi para o teatro, em 3 de outubro de 1993 (libra).

Sobre as reproduções de reportagens, Martins diz que a ideia era começar a tornar público os documentos guardados pelos acervos.

Há também textos de programas, cartas escritas pelo diretor Zé Celso à imprensa ou a órgãos do poder público e, ainda, um conjunto de textos criados especialmente para esta publicação, assinados pelos atores Aury Porto e Pascoal da Conceição e a diretora Cibele Forjaz, entre outros nomes.

Descontados os trechos que propagam veneração à figura de Zé Celso (de fato, São Paulo está cheio de grupos que foram formados dentro do Oficina, como se aquele conhecido "terreiro eletrônico" fosse mesmo um berço), pesca-se aqui e ali alguns relatos inéditos e valiosos.

TRIBOS

A apresentação da saga "Os Sertões" no próprio sertão nordestino, descrita pelo ator Lucas Weglinski, é um exemplo: mostra o encontro do Oficina com o sertanejo, revelando as excentricidades das duas tribos.

De um lado, trabalhadores e também ativistas do Movimento dos Sem Terra, do outro, atores propondo exercícios vocais e corporais aos vizinhos desconhecidos.

Um coro é formado dentro do MST --e eles vão mesmo cantar "Asa Branca" durante as apresentações, realizadas no ano de 2004.

Com custo de R$ 270 mil financiados a partir de lei de renúncia fiscal, a obra tem tiragem de 2.000 exemplares; 1.500 serão distribuídos para bibliotecas, universidades e outras instituições, e os 500 restantes serão vendidos no lançamento, por R$ 20.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página