Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Juvenil lidera crescimento nas vendas em 2013

Segmento registrou expansão de 24% em exemplares comercializados

Cinco editoras do país, no entanto, concentram 80% dos negócios que envolvem títulos para jovens, diz pesquisa

RAQUEL COZER DA COLUNISTA DA FOLHA

O segmento juvenil foi o que mais cresceu em vendas nas livrarias em 2013, segundo dados da empresa de pesquisa GfK. Em relação a 2012, passou de 7,4% para 8,4% do total de exemplares vendidos, um aumento de 24%.

O único segmento maior que o juvenil é o de literatura estrangeira, com 21% das vendas. Mas esse número é inflado pelos juvenis, já que livros lançados lá fora como "young adult" saem aqui como ficção estrangeira, caso de "A Culpa É das Estrelas" (Intrínseca), de John Green.

Embora as editoras invistam cada vez mais nesse mercado, não há uma fórmula de sucesso. Levantamento da empresa de pesquisa Nielsen mostra que 80% das vendas dos juvenis estão nas mãos de cinco das centenas de casas publicadoras do país.

São elas Intrínseca ("Os Heróis do Olimpo", de Rick Riordan), V&R ("Diário de um Banana", de Jeff Kinney), Rocco ("Jogos Vorazes", de Suzane Collins), Galera Record ("Cidade dos Ossos", de Cassanda Clare) e Gutenberg ("Fazendo Meu Filme", de Paula Pimenta, raro nacional num cenário de estrangeiros).

Se na década passada o mercado editorial viveu uma multiplicação dos selos infantis, esta é a dos selos juvenis. Ou, mais do que isso, a de uma reorganização no que se entende por selo juvenil.

Há um ano, a Companhia das Letras extinguiu seu selo infantojuvenil Cia das Letras e estreou o Seguinte, para público um pouco mais velho. "Concentramos no Seguinte livros com temas mais adultos. Outros, para leitores de 12, 13 anos, migramos para o Companhia das Letrinhas", diz a editora Julia Schwarcz.

A criação do Seguinte marcou uma guinada comercial do segmento na editora, antes mais focado em livros para escolas. O maior sucesso é "Seleção", de Kiera Cass.

Na Record, onde o juvenil garante 30% do faturamento total, o selo Galera acaba de passar por uma subdivisão.

Antes dividido em Galerinha (crianças) e Galera (adolescentes) agora tem o intermediário Galera Junior, para público de 10 a 14 anos, de séries como "Artemis Fowl", de Eoin Colfer. Com isso, o Galera passa a visar jovens com 15 anos ou mais. "Não é tão rígido, mas ajuda a orientar os pais", diz a editora Ana Lima.

Já a Rocco, que tem o selo Jovens Leitores desde 2000, prevê para 2014 seu selo de "new adult" (18 a 25 anos).

Curiosamente, embora sejam vendidos como juvenis, nem todos os autores de "new adult" gostam de se ver associados a esse público.

"Leitores jovens não são o alvo dos meus livros. Menos de 1% dos meus leitores têm de 13 a 15 anos. O resto tem 16 ou mais", diz Jamie McGuire, autora da série "Belo Desastre".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página