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Fernandona em série

Na TV, atriz volta a encarnar o papel que lhe rendeu o Emmy de melhor atuação e ainda faz minissérie épica com estreia em janeiro

ISABELLE MOREIRA LIMA DE SÃO PAULO

Fernanda Montenegro pra lá e pra cá de headphones. Fernanda Montenegro de pileque no pagode. Fernanda Montenegro tentando, a ferro e fogo, dominar o samba.

Quem assistiu ao telefilme da Globo "Doce de Mãe" conhece as imagens descritas acima e reconhecerá dona Picucha em seu retorno: em 2014, Fernandona, 84, fará um seriado em que viverá as aventuras da personagem que lhe valeu o Emmy Internacional 2013 (principal premiação de televisão) de melhor performance.

A trama gira em torno da vida de uma octogenária do barulho que, com jeitinho, passa por cima de qualquer um para conseguir o que quer. Onde achou inspiração?

"Todas nós, uma hora ou outra, acabamos sendo uma Picucha", afirma a atriz, que aponta "picuchas" na família, entre os amigos e entre as pessoas mais velhas com quem conviveu pela vida.

"Acho que é daí que vem a aceitação do programa", diz.

A direção fica por conta de Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo, os mesmos do especial. O projeto é uma coprodução da Globo com a Casa de Cinema de Porto Alegre.

"Ela [Picucha] não é de fazer cócegas debaixo do braço, tem humanidade na família. Não é só um esquemão buscando um efeito."

A Globo não confirma as datas de exibição, a duração de cada episódio ou a continuidade do projeto.

Fernanda Montenegro cumpre uma rotina de dez horas diárias de gravação que deve durar, segundo o cronograma inicial, até março.

O trabalho ocorre no Projac (estúdio da Globo no Rio) e deve migrar para Porto Alegre para as externas.

Será uma nova incursão no Rio Grande do Sul, em cuja cultura a atriz mergulhou para o filme "O Tempo e o Vento", que a Globo transformará em minissérie a ser exibida no mês que vem.

Com a agenda repleta, Fernanda diz não temer o ritmo intenso e não descarta atuar mais uma vez em novelas, um formato mais longo e, portanto, mais trabalhoso.

"Eu vou vivendo cada dia. Quando a coisa se apresenta, vejo se vale a pena ou não."

Na mesma lógica, diz que não há um personagem que ainda tenha vontade de interpretar. "Nessa altura da vida, eu não quero fazer isso ou aquilo. Os papéis que me têm chegado me agradam e por isso os fiz", afirma.

O que deseja mesmo, diz, é retomar até julho o projeto da peça sobre Nelson Rodrigues (1912-1980), que parou porque teve de resolver "problemas mais urgentes".

"Nelson Rodrigues por Ele Mesmo - Um Depoimento" será protagonizada por Otávio Augusto e dirigida pela atriz. Ou melhor: organizada, como ela prefere. Modéstia? "Talvez. Mas primeiro tenho que ver como é isso na prática."


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