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Crítica show

Stevie Wonder agrada, apesar de percalços

Apresentação do cantor foi prejudicada por problemas de som e "concorrência" com Jason Mraz

DO EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Stevie Wonder ainda deve aos paulistanos um show em que suas canções sofisticadas e envolventes possam ser apreciadas em suas nuances.

Mas, diante de 17 mil pessoas na noite do sábado, no Campo de Marte, ele empolgou e colocou todos para dançar, apesar de percalços.

Um deles foi o próprio local, espaço aberto com som que deixa a desejar. Tudo soou meio embolado, um pecado no caso de Wonder, que tem músicas que cativam por intrincadas tramas pop.

Mas som embolado mesmo apareceu nos cinco minutos iniciais, quando o brasileiro Criolo esticou demais seu show no palco secundário.

O público escutava "How Sweet It Is", com Wonder entusiasmado, mas também as rimas furiosas do brasileiro, que depois pediu desculpas pela confusão.

Sem a interferência, o show seguiu com Wonder trazendo logo no começo sua homenagem a Nelson Mandela, morto no último dia 5.

Enquanto eram mostradas imagens do líder sul-africano com o cantor, Wonder dedicava ao amigo a canção "Keep Our Love Alive", de 1990.

A partir daí, uma sucessão de hits que atravessam cinco décadas, entre dançantes, como "Signed, Sealed, Delivered", e românticas, bem representadas por "You Are the Sunshine of My Life" e "My Cherie Amour".

Sua constante interação com o público, improvisando corais femininos e masculinos na plateia ou dedicando músicas a todas as mães do mundo, contagiou uma boa parte dos presentes que não o conhecia tão bem.

Porque o principal percalço para ele foi tocar depois de Jason Mraz, limitado cantor americano da nova geração, mas com um contingente de fãs considerável no Brasil.

Wonder era o grande nome do Circuito Banco do Brasil, que teve shows pelo país e foi encerrado em São Paulo. As atrações brasileiras do evento --Criolo, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial e Marcelo Jeneci-- não ameaçaram Wonder, mas a verdade é que a maior parte das pessoas, sobretudo muito jovem, foi ao Campo de Marte para ver e ouvir Mraz.

Este levantou o público, deixando os maiores sucessos para um final emocionante.

Muita gente foi embora. Ficaram os fãs mais antigos de Wonder. E esses viram um artista excepcional, cheio de gás aos 63 anos.


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