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Crítica

Polanski filma dois casais, um apartamento e um problema

DO CRÍTICO DA FOLHA

Existe algo de muito clássico nos filmes do diretor Roman Polanski. Por exemplo, o gosto por colocar os atores em destaque.

Tanto melhor se eles aproveitam bem a oportunidade, como em "Deus da Carnificina" (TC Cult, 22h; 12 anos).

Nada há, praticamente, senão dois casais, um apartamento e um problema. O filho de um casal agrediu o filho de outro, algo assim.

"Pessoas civilizadas" e cheias desse espírito "politicamente correto" que a direita odeia e costuma atribuir à esquerda, os quatro adultos dispõem-se a se acertar sobre a questão.

No decorrer da trama, porém, o que surge é o inverso exato: sob a capa de civilização, o homem vai se revelando esse ser egoísta, primitivo, indomável etc., que a direita, aliás, vende como nossa verdade final.


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