Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Crítica
Cineasta revela preferência pelo paradoxo em 'As Virgens Suicidas'
INÁCIO ARAUJO DO CRÍTICO DA FOLHA"As Virgens Suicidas" (TC Cult, 0h; 18 anos) parece se construir sobre a tensão entre evidência e estranhamento, luz e sombra. Pois nada na vida das cinco irmãs Lisbon faz prever o destino que o título anuncia.
Mas Sofia Coppola parece, já desde esse seu primeiro filme, anunciar o gosto pelo paradoxo. Isso pode resultar em um filme forte, como aqui, ou no recente "Bling Ring", bem menos interessante.
Aqui é possível pensar no papel repressor que possam ter os pais. Ou os rapazes, e seu efeito de provocação. Nada, no entanto, estabelece uma relação causal satisfatória que leve ao desfecho chocante. Exceto que no mundo há coisas e atitudes que não se deixam explicar. Isso é o pior nelas.