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Terror retorna aos quadrinhos brasileiros

Gênero, popular no país entre os anos 60 e 80, volta em publicações como 'Stigma'; revistas clássicas são relançadas

Sucesso da série norte-americana 'The Walking Dead' impulsiona o estilo entre jovens

CESAR SOTO DE SÃO PAULO

O terror, gênero popular nos quadrinhos brasileiros entre as décadas de 1960 e 1980, passa por uma retomada.

Vampiros e zumbis saem do esquecimento e figuram nas capas de diversas publicações nacionais.

A revista "Spektro", um dos títulos mais importantes do estilo nos anos 1970 e 1980 no Brasil --com tiragem que chegou a quase 40 mil exemplares--, será relançada no final de janeiro com HQs e matérias sobre o gênero.

A responsável é a Ink Blood Comics, editora que também lançou, em outubro, a "Stigma", coletânea mensal de horror e ficção científica.

"Nosso público é de saudosistas, embora a Stigma' tenha sido vendida para um público bem jovem. A série [de TV e quadrinhos] The Walking Dead' está fazendo os adolescentes procurarem o gênero", diz Fabio Chibilski, dono da editora.

O interesse pelos mortos-vivos do norte-americano Robert Kirkman, cujas HQs de "The Walking Dead" estão frequentemente na lista de mais vendidos do jornal "The New York Times", tem refletido em títulos brasileiros.

"Parafusos, Zumbis e Monstros do Espaço" (Veneta), novela gráfica do paraibano Juscelino Neco, chegou às livrarias em agosto.

A história, que se aproxima da comédia, mistura criaturas, tripas, sangue e um anti-herói alcoólatra e viciado em pornografia.

Em 2011, quase dez anos após o seu fim, a revista "Calafrio" foi retomada pelo seu criador, o quadrinista Rodolfo Zalla, 83. A publicação, que também reúne diversas histórias sangrentas, está em sua nona edição após a volta.

"Nos anos 1960 e 1970, o terror era fenômeno de vendas em HQs, filmes e livros", diz Marcio Baraldi, diretor de "Ao Mestre com Carinho", documentário sobre Zalla.

Segundo Baraldi, as editoras maiores evitavam o terror por considerarem o gênero uma subcategoria, o que beneficiou editoras menores. "Era só colocar o Drácula na capa que vendia".


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