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Escritor é o único nome da histórica Editora do Autor

DA COLUNISTA DA FOLHA

J.D. Salinger, notório ermitão, talvez gostasse de saber que há anos reina sozinho em sua editora brasileira.

Publicados no país desde os anos 1960, 3 dos 4 livros do americano compõem hoje todo o catálogo da Editora do Autor, que resiste num escritório em Ipanema, no Rio.

"Trabalhei com muitos livros, mas estou idoso e já não tenho tanta disposição. Às vezes me oferecem títulos, publiquei uma coisa ou outra, mas desde os anos 1990 me centrei em Salinger", diz o editor Walter Acosta, 96.

Acosta fundou a Editora do Autor em 1960, com Rubem Braga e Fernando Sabino. Logo amigos célebres dos cronistas, como Clarice Lispector e Manuel Bandeira, passaram a publicar pela casa.

Em 1965, os diplomatas Álvaro Alencar, Antônio Rocha e Jório Dauster apresentaram à Editora do Autor sua tradução para "O Apanhador no Campo de Centeio", que saíra 14 anos antes nos EUA.

A casa bancou a publicação e, em 1967, lançou ainda "Franny & Zooey" e "Nove Estórias", sempre seguindo as rígidas normas de Salinger --nada de fotos dele, nada de textos de apresentação etc.

Nessa época, Sabino e Braga já tinham abandonado o barco para criar a Sabiá, levando junto os grandes autores nacionais. Salinger ficou.

"O Apanhador..." está na 19ª edição, com 350 mil cópias vendidas. Os outros dois vendem bem menos. O quarto livro, "Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira & Seymour: Uma Introdução", é publicado pela L&PM --e saiu nos anos 1980 pela Brasiliense como "Pra Cima com a Viga, Moçada!".


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