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Após morte, pioneiro da cor é relembrado em documentário

DAIGO OLIVA EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Em 1976, John Szarkowski, então curador do MoMA, em Nova York, exibiu pela primeira vez as fotografias de William Eggleston no museu. A mostra, apenas com imagens em cores, foi considerada uma das piores exposições daquele ano.

Hoje, o artista é consagrado como pioneiro da fotografia colorida e Szarkowski um dos maiores curadores de todos os tempos. Duas décadas antes da exibição no MoMA, o fotógrafo norte-americano Saul Leiter já produzia imagens coloridas de vanguarda, mas, diferente de Eggleston, viveu grande parte de sua vida no ostracismo.

A predileção pelo enquadramento vertical e o registro de cenas cotidianas de forma subjetiva --além da combinação com elementos da pintura-- o diferenciavam da produção à época e poderiam ter conferido a Leiter o título de cânone da cor na fotografia.

Porém, apenas perto de sua morte, em novembro do ano passado, o trabalho de Leiter reconquistava interesse e o status que nunca teve.

Durante três anos, o diretor inglês Tomas Leach, 35, entrevistou o fotógrafo em seu estúdio em Nova York. A reunião dos encontros gerou "In No Great Hurry "" 13 Lessons in Life With Saul Leiter", documentário lançado em janeiro nos EUA, sem previsão de estreia no Brasil.

Nos depoimentos espirituosos do fotógrafo, em 13 capítulos, Leiter filosofa sobre o período como fotógrafo de moda, a relação com a família judia e, em repetidas vezes, exagera na modéstia ao falar sobre seu trabalho. O título de pioneiro, para ele, não fazia a menor diferença.

Curiosamente, em 1953, Leiter fez parte da exposição "Always the Young Strangers", no MoMA. A modéstia em demasia talvez tenha tornado o próprio Leiter um nome esquecido no mundo da fotografia colorida.


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