Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Advogado de Woody Allen diz que acusações são 'vingança'

Representante afirma que abuso foi descartado por autoridades

DE SÃO PAULO

O advogado do cineasta Woody Allen respondeu anteontem às acusações de que o diretor americano teria abusado sexualmente de Dylan Farrow, filha adotiva com a atriz Mia Farrow.

Em declaração escrita, entregue ao canal CNN, o advogado Elkan Abramowitz diz que as acusações foram criadas por uma "amante vingativa", em referência à Mia.

"É trágico que após 20 anos uma história arquitetada por uma amante vingativa ressurja, ainda que tenha sido completamente checada e rejeitada por autoridades independentes. Quem se deve culpar pela aflição de Dylan não é nem Dylan nem Woody Allen", escreveu o advogado.

No domingo, o diretor, de 78 anos, já havia se defendido por meio de um comunicado, no qual disse que a acusação é "mentirosa e infame".

O suposto caso de abuso sexual, que a filha adotiva diz ter sofrido aos sete anos, voltou à tona no último sábado. Dylan, hoje com 28 anos, publicou uma carta no site do jornal "The New York Times" detalhando o episódio.

Foi a primeira vez que ela escreveu sobre o caso, que se tornou público durante a separação de Allen e Mia Farrow, em 1992. O cineasta se separou da atriz após se envolver com a enteada Soon-Yi Previn, filha adotiva de Mia de um casamento anterior, com o pianista André Previn.

"Quando eu tinha sete anos, Woody Allen me tomou pela mão e me levou para o sótão no segundo andar de nossa casa", escreveu Dylan.

"Ele me disse para ficar de bruços e brincar com o trenzinho elétrico do meu irmão. Então, ele me agrediu sexualmente. Falou comigo, sussurrando que eu era uma boa menina, que era o nosso segredo, e prometendo que eu seria uma estrela em seus filmes", conta ela na carta.

Ao final, Dylan cita ainda nomes de artistas que já trabalharam com Allen, como a atriz Cate Blanchett, protagonista de seu filme mais recente, "Blue Jasmine". "Obviamente tem sido uma situação longa e dolorosa para a família, e eu espero que cheguem a uma resolução em paz", comentou Cate sobre a carta.

Anteontem, Margaret Sullivan, ombudsman do "New York Times", questionou a publicação da carta de Dylan por parte do colunista Nicholas Kristof. A publicação, segundo ela, só mostrou o lado da filha adotiva no caso.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página