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Filme de Wes Anderson conquista Berlim

Exibido na abertura da Berlinale, 'The Grand Budapest Hotel' é saudado como melhor filme do diretor americano

Produção é dedicada ao escritor Stefan Zweig; festival fará homenagem a Philip Seymour Hoffman

RENATA MIRANDA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BERLIM

O novo filme do diretor americano Wes Anderson, "The Grand Budapest Hotel" abriu ontem a 64ª edição da Berlinale, o festival internacional de cinema de Berlim.

O longa --cuja trama gira em torno do cotidiano do concierge do hotel, Monsier Gustave, interpretado por Ralph Fiennes-- foi recebido com entusiasmo pela imprensa internacional. Alguns críticos já o consideram o melhor trabalho de Anderson.

O filme é dedicado ao escritor austríaco de origem judaica Stefan Zweig (1881-1942) que, no início dos anos 1940, mudou-se com a família para Petrópolis (RJ), fugindo do nazismo durante a Segunda Guerra. Pouco depois de se estabelecer no território nacional, porém, o autor de "Brasil, Um País do Futuro" fez um pacto suicida com a mulher e se matou.

"A minha ideia inicial era fazer um filme com a minha própria versão das ficções de Zweig", disse Anderson, que afirmou ser um grande fã do escritor. O diretor, inclusive, admitiu um "pequeno plágio" de uma obra de Zweig numa das primeiras cenas de "The Grand Budapest Hotel".

Nela, um escritor, interpretado por Tom Wilkinson, diz que a parte boa de escrever como ofício é que ele não tem de se preocupar em ir atrás das histórias --elas vêm "naturalmente" até ele.

"Essa citação em especial foi inspirada no livro Beware of Pity', que eu li há alguns anos", explicou Anderson.

O cuidado com a estética visual, uma das marcas registradas do diretor, e o uso de um novo modelo de proporção de tela foram também alguns dos aspectos mais comentados durante a entrevista coletiva com Anderson e parte do elenco.

ALLEN-FARROW

O festival começou com um encontro do júri internacional, formado pelo roteirista e produtor americano James Schamus; pela produtora americana Barbara Broccoli; pela atriz dinamarquesa Trine Dyrholm; pela artista e diretora iraniana Mitra Farahani; pela atriz e roteirista americana Greta Gerwig; pelo diretor francês Michel Gondry; pelo ator chinês Tony Leung; e pelo ator austríaco Christoph Waltz.

Logo no começo da coletiva, um repórter americano questionou os membros do júri sobre a polêmica envolvendo o diretor americano Woody Allen e sua filha adotiva Dylan Farrow, que acusa o cineasta de ter praticado abuso sexual contra ela durante a infância. "Não vamos comentar isso, porque essas decisões morais e éticas já foram tomadas", disse Schamus, que afirmou que o foco ali era a programação do festival, que vai até o dia 16.

Na semana que vem, o ator americano Philip Seymour Hoffman, encontrado morto em seu apartamento, em Nova York, no dia 2, será homenageado com uma exibição especial de "Capote".


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